Escada abre novo processo de insolvência

A fabricante alemã de moda de luxo, Escada SE, apresentou um pedido de insolvência ao Tribunal Distrital de Munique na terça-feira (1). Christian Gerloff foi nomeado administrador de insolvência provisório.

As operações comerciais devem continuar até nova ordem. Segundo a Escada, as outras empresas do grupo não serão afetadas. No entanto, a Escada SE é a unidade operativa central do grupo.

A Escada explicou que o objetivo da gestão é continuar com as operações comerciais no âmbito de um processo de reestruturação já iniciado.

"Tentaremos esclarecer muito rapidamente as opções futuras que a empresa tem, como uma das principais empresas do Grupo Escada, vistas de forma realista", explicou o administrador da insolvência. Além disso, a empresa quer iniciar negociações "imediatamente", sobre o pré-financiamento do dinheiro da insolvência para os 180 funcionários afetados na sede e em oito lojas da Alemanha.

Esta é a segunda vez que o administrador da insolvência, Christian Gerloff, trabalha para a Escada nesse âmbito. A marca já tinha experimentado uma insolvência em 2009, na qual Gerloff também foi nomeado. Na ocasião, a empresa foi adquirida pela empresária indiana, Megha Mittal, que a vendeu no ano passado para a Regent, empresa global de private equity dos Estados Unidos. Michael Reinstein, fundador e presidente da Regent, anunciou então que queria "levar o negócio à novos patamares".

A marca de moda feminina de luxo já sofreu anteriormente com a queda nas vendas e  explicou que agora isso foi ainda mais intensificado pelas consequências da pandemia de COVID-19. A empresa passou a não divulgar mais seus resultados financeiros. A última vez que publicou seus resultados foi em 2017, quando estava no vermelho.

Nos anos 90, a Escada foi uma das maiores marcas mundiais de moda feminina de luxo tendo registrado milhões em vendas. Supermodelos como Claudia Schiffer, Linda Evangelista, Cindy Crawford e Naomi Campbell apresentaram as coleções da marca.