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Portugal Textil
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Publicado em
15 de dez. de 2010
15 de dez. de 2010
Empresas indianas buscam fornecedores locais
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15 de dez. de 2010
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«As marcas já perceberam que, para o vestuário com preços entre 7 e 11 dólares em lojas indianas de retalho, não faz nenhum sentido trazê-lo de fora», explicou Ashesh Amin, presidente de vestuário e retalho do SKNL Group. «As taxas são tão altas que toda a margem desaparece». A complicada fórmula para calcular esses direitos faz com que excedam até 50% em alguns produtos, segundo Amin.
Em Maio deste ano, o SKNL entrou num acordo de licenciamento para desenvolver, aprovisionar, fabricar e distribuir toda a gama de moda masculina da DKNY em todo o mundo, com excepção do Japão. Todo o abastecimento para os pontos de venda na Índia é agora realizado internamente, na medida em que, revela Amin, os preços no varejo não podem ser agora mais de 15% além dos preços nos mercados vizinhos como Singapura e Dubai.
O aumento das vendas nas lojas de varejo indianas tem sido um motor essencial deste processo. «Há alguns anos atrás, a maioria das marcas internacionais teve uma presença muito limitada e, portanto, o seu volume de vendas no mercado interno era muito pequeno para realizar as suas encomendas a nível local», afirmou Harminder Sahni, director da Wazir Advisors, uma empresa de consultoria para produtos de consumo.
De acordo com o Gabinete Central de Estatística da Índia, o mercado de varejo indiano para produtos têxteis, incluindo o vestuário, registou um crescimento de 8,5% durante o exercício financeiro entre Abril de 2009 e Março de 2010. Embora Sahni refira que os volumes não são muito elevados, as marcas estão a combinar esta fonte com as exportações para outros mercados.
Um bom exemplo é a joint-venture anglo-indiana Marks & Spencer-Reliance Retail, que tem 17 lojas na Índia e oferece produtos que vão dos 2 aos 75 dólares. A empresa britânica espera aumentar em breve o seu aprovisionamento local de 40% para 70%, segundo um porta-voz. No exercício financeiro de 2009/2010, aprovisionou mercadorias no valor de 175 milhões de dólares de 42 fornecedores indianos, incluindo as exportações para mercados internacionais.
Outro fator por trás das crescentes etiquetas “made in India” em marcas internacionais foram os contratos de franchise com parceiros indianos. «Foi apenas há um ou dois anos que a maioria das marcas estrangeiras nos segmentos mais baixos iniciou as suas joint-ventures na Índia e muitos dos seus contratos tornaram obrigatório aos parceiros locais importarem toda a gama para os dois primeiros anos», indicou Amin. O responsável acrescentou ainda que estava atualmente envolvido num contrato semelhante com outra marca de moda internacional, planejando a sua entrada na Índia.
A Arvind Brands da Índia, que comercializa no país várias marcas internacionais como a Gant, Izod e Arrow, com vendas anuais de 120 milhões dólares no exercício de 2009/2010, também está negociando o lançamento de uma nova marca estrangeira cujos produtos serão subcontratados localmente. «Enquanto os direitos de importação estiverem em vigor, vamos continuar a aprovisionar principalmente na Índia», afirmou Jayaraman Suresh, presidente-executivo da Arvind Brand.
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