3 de mai. de 2017
Dona de marcas como Dudalina fecha 20 lojas e reduz prejuízo no 1º tri
3 de mai. de 2017
A companhia de moda Restoque abriu o primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 10,26 milhões, segundo divulgou a empresa. O número representa mais da metade do prejuízo registrado no primeiro trimestre do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 24,2 milhões.
A companhia é detentora das marcas de moda Le Lis Blanc, Bo.Bô, John John, Rosa Chá, Dudalina, Individual e Base.

Vendas
Apesar do prejuízo, os primeiros três meses do ano representam o segundo período seguido de alta nas vendas em “mesmas lojas” – aquelas abertas há mais de 12 meses. A alta foi de 17,8%.
O destaque em vendas mesmas lojas foi em Le Lis Blanc, com alta de 19,7%, Dudalina, com alta de 36,7%, John John, com alta de 18% e Bo.Bô, que apresentou aumento de 8,1% nas vendas.
De maneira geral, o aumento do faturamento do trimestre ficou em 19,5%. Foram R$ 393,4 milhões. Essa alta supera os aumentos dos primeiros trimestres de 2014 e de 2015, com retomada da trajetória histórica de crescimento de vendas da Companhia.
“As vendas do varejo foram impactadas negativamente pela performance de Rosa Chá, que passa atualmente por um processo de recuperação”, disse a empresa. A marca apresentou queda de 35,4% nas vendas.
“A Rosa Chá foi impactada por decisão tomada em 2016 de transformá-la em uma marca de posicionamento mais baixo e com preço mais barato e, portanto, com menor diferenciação. A equipe de liderança da marca foi substituída e seu posicionamento redirecionado novamente para o alto padrão. A Companhia trabalha para que haja uma evolução gradual das vendas a partir de julho de 2017”, disse a empresa.
Canais
O e-commerce da companhia apresentou crescimento de 94,3%. “A renovação da plataforma tecnológica, gestão especializada e novo foco em marketing suportaram este crescimento”.
A rede de lojas de outlet da companhia, que opera com a bandeira Estoque, apresentou um crescimento de vendas de 37,8% no primeiro trimestre. “Este crescimento é derivado da estratégia da Companhia de redução de estoques de coleções passadas de forma acelerada, que deve manter seu ritmo até o final deste ano”.
Assim como outras empresas do setor, a Restoque também iniciou o processo de omnicanalidade neste trimestre. A ideia é permitir que o consumidor caminhe entre o físico e o online de forma integrada. “A companhia acredita ser este um canal de grande potencial de vendas e de impacto na redução de riscos de stock-out no canal de varejo”.
Eficiência
“Este trimestre também foi marcado pelo foco em eficiência do canal varejo, com a redução de 20 pontos de venda que não atingiam os resultados esperados pela Companhia, consistente com a estratégia da Companhia de alcançar maior produtividade na base existente de lojas, no ganho de rentabilidade e na geração de caixa”, disse a empresa em relatório.
De acordo com a empresa, esses fechamentos de lojas não serão repostos tão cedo. “Não há planos de retomada da expansão da área de vendas no curto e médio prazos”, afirmou a companhia. Apesar disso, os investimentos em atualização e renovação do visual de lojas serão mantidos.
No primeiro trimestre, a Companhia gerou R$ 28 milhões de caixa operacional a mais que no primeiro trimestre do ano passado e R$ 18,4 milhões após investimentos, reduzindo a dívida líquida em R$ 31,7 milhões.
Ao todo, a empresa passou de uma base de 327 lojas ao final de 2016 para 307 ao final do primeiro trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o plano de aumentar a eficiência, reduzindo o número de lojas, fez a empresa aumentar em 27% a produtividade por metro quadrado da empresa neste trimestre.
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