AFP
Novello Dariella
18 de dez. de 2019
Dolce e Gabbana querem deixar a marca para a família Dolce quando morrerem
AFP
Novello Dariella
18 de dez. de 2019
Depois de afirmarem que não gostariam que a Dolce & Gabbana continuasse operando após sua morte, Domenico Dolce e Stefano Gabbana anunciaram agora que querem que a família Dolce assuma o seu lugar.
"Gostaríamos muito de dar nossos empregos à nossa família", disse Stefano Gabbana, que fundou a D&G em 1985 com Domenico Dolce, à Vogue Business. Os membros da família Dolce se reuniram recentemente para discutir o futuro da empresa.
O anúncio apresenta uma reviravolta nos planos de sucessão da marca, uma vez que, em abril de 2018, Stefano Gabbana deixou claro que a continuação da empresa após a morte de seus fundadores estaria fora de questão. "Quando estivermos mortos, estaremos mortos. Não quero que um designer japonês comece a cuidar do design da Dolce & Gabbana", disse ele ao jornal italiano Il Corriere della Sera.
A família Dolce já está fortemente envolvida nos negócios. Os pais de Domenico deixaram a Sicília para se estabelecer em Milão para ajudar a dupla a lançar a marca. Além disso, seu irmão de 54 anos, Alfonso, é o CEO da empresa, enquanto sua irmã Dora, de 64, é responsável pela pesquisa e desenvolvimento da linha de prêt-à-porter da marca. Os sobrinhos e sobrinhas de Domenico também trabalham na empresa, como Giuseppina Cannizzaro, responsável pela alta-costura, e seu irmão Christian, encarregado pelos sapatos e acessórios.
Domenico Dolce, de 61 anos, e Stefano Gabbana, de 57, possuem, cada um, 40% da D&G, com a participação restante pertencente à família Dolce, via Alfonso e Dora. Portanto, a ideia seria passar a empresa para a família Dolce e não vendê-la sob nenhuma circunstância. “Esta empresa é como nosso filho. Quando se é mãe, não se pode vender seus filhos”, disse Gabbana, acrescentando: “Tivemos sorte. Não queremos nos tornar as pessoas mais ricas do cemitério", acrescentou.
Atualmente, a D&G emprega 5.500 pessoas em todo o mundo. Em seu ano fiscal mais recente (2018/19), a empresa registrou um aumento de 4,6% na receita, que totalizou 1,35 bilhão de euros, apesar dos problemas na China, onde a marca foi boicotada após a publicação de comentários e um vídeo considerado racista.
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