Desigual encerra colaboração com Jean-Paul Goude
No final de agosto de 2017, a Desigual nomeou o seu primeiro diretor artístico. A empresa catalã transformou o artista francês Jean-Paul Goude, aos 76 anos, em seu principal líder criativo. Uma colaboração que, como o FashionNetwork.com soube em primeira mão, chegou ao fim após quase três anos de parceria.

Contactada pelo FashionNetwork.com, a empresa fundada pelo empresário suíço Thomas Meyer confirmou a saída de seu diretor criativo. "Encerramos a colaboração com Jean-Paul Goude. Estamos progredindo no plano de transformação no qual trabalhamos há anos e estamos focados em um dos pilares que é a revisão do produto. A empresa valoriza a colaboração de forma muito positiva e ele empreendeu projetos pessoais", explicou a empresa espanhola.
A incorporação do artista e ilustrador, conhecido por suas colaborações com marcas Kenzo e Hermès, bem como seu trabalho fotográfico para revistas como a Paper, causou surpresa na época, por conta de sua inexperiência em criação de moda, bem como pela imagem forte da empresa espanhola. "A colaboração artística com Jean-Paul Goude é mais uma prova do desejo da Desigual de permitir que o talento de inúmeras disciplinas contribua para a diversidade da marca através de ações inesperadas", disse na época David Meire, diretor da área de clientes da Desigual. Além disso, a empresa considerava a aliança como um exemplo do compromisso de transformação da empresa, através de um plano que foi iniciado em 2015.

A Desigual confiou sua imagem a Jean-Paul Goude: do cenário dos desfiles à concepção das campanhas publicitárias. Em setembro de 2017, a coleção primavera-verão 2018, desenvolvida pela estrela criativa foi apresentada nas passarelas de Nova York, colocando a Desigual sob os holofotes da mídia. A partir de então, Jean-Paul Goude também passou a assinar as campanhas publicitárias da marca, bem como uma coleção-cápsula.
Criada em Barcelona em 1984, a Desigual atingiu um volume de negócios de 323 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, uma queda de 14,5% em relação ao mesmo período de 2017. Desde 2015, doze meses após a chegada do fundo francês Eurazeo aos seus acionistas, a empresa de Thomas Meyer tem passado por um plano de transformação que envolve a revisão de seu produto, a proposta de uma nova imagem e o ajuste de sua rede de distribuição. Em agosto de 2018, o fundador e CEO da Desigual recomprou 10% do capital da empresa, que até então estava nas mãos do fundo francês, e se tornou o único proprietário da empresa. No ano passado, a companhia reorganizou a estrutura de sua cúpula e nomeou Alberto Ojinaga como diretor geral.
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