Godfrey Deeny
7 de mar. de 2017
Desfiles de Paris: Sonia Rykiel ao encontro de Niki de Saint Phalle
Godfrey Deeny
7 de mar. de 2017
Dentro da Escola das Belas Artes, a insolência de Niki de Saint Phalle foi ao encontro do chique parisiense da grife de Saint-Germain-des-Prés Sonia Rykiel, para um desfile otimista e sedutor.
"Poucas pessoas sabem que Niki e Sonia nasceram no mesmo ano – em 1930 – e, para esta temporada, eu queria transmitir a imagem das mulheres criativas e sua influência", assim explicou Julie de Libran, a diretora de criação da Sonia Rykiel.
Niki de Saint Phalle, conhecida do grande público em especial pela fonte Stravinsky do Centro Pompidou, que imaginou com Jean Tinguely, teria adorado essas criações. Uma visão alegre, tal como acontece com esses minivestidos de esponja e veludo à moda Babushka, uma piscadela às origens russas de Sonia Rykiel, frequentemente esquecidas.
Mas, acima de tudo, tratava-se da maneira com a qual Julie de Libran reinventou os tricôs da casa de moda – com blusas retorcidas, bem ao estilo funky, ou magníficos suéteres de lã Aran cortados como pequenas armaduras de samurais. E a criadora não se esqueceu de outro leitmotiv de Sonia Rykiel, as plumas, que pudemos ver tanto em casacos grossos como em vestidos de festa.
As roupas transbordam cores, assim como o convite – a imagem de um documentário sobre Niki de Saint Phalle. No entanto, a silhueta de abertura destaca um impressionante sobretudo branco de pelos desarrumados, como uma dessas super "meninas" que povoavam sua arte.
Parcas com patchwork, calças de revolucionários retas e pijamas hippies floridos eram ecos da ingenuidade colorida que se associa tanto a Niki de Saint Phalle como a Sonia Rykiel. Tudo com o toque contemporâneo de Julie de Libran – que, assim como a escultora, passou sua juventude nos Estados Unidos, antes de regressar à França, para fazer o seu melhor.
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