Contrafação: Ermenegildo Zegna vence batalha decisiva na China
Agora, deverá ser mais difícil para as empresas chinesas copiarem as principais marcas de luxo ocidentais. A Ermenegildo Zegna acaba de vencer uma batalha judicial de cinco anos na China contra um falsificador local, algo que poderá mudar o cenário na luta contra a contrafação neste país.

"O Supremo Tribunal Popular, a mais alta instância do sistema judicial chinês, pronunciou-se pela primeira vez contra a violação dos direitos de propriedade intelectual a favor de uma sociedade não-chinesa", anuncia em comunicado a marca italiana de moda masculina de luxo, que venceu um processo contra um empresário chinês que vende acessórios e vestuário sob o nome "Yves Zegnoa".
O tribunal reconheceu que "a imitação do logotipo da marca italiana, que goza de uma grande notoriedade e reputação na China, onde está presente há quase 30 anos, representou uma violação da lei de propriedade intelectual". Este veredito vai contra as decisões tomadas pelos tribunais anteriores, que não notaram quaisquer semelhanças significativas entre as duas marcas.
"Esta sentença é particularmente importante, não apenas porque protege os nossos direitos em matéria de propriedade intelectual na China (...), mas também porque confirma a evolução positiva da jurisprudência chinesa no domínio da proteção da concorrência. Uma evolução rumo a um mercado cada vez mais imparcial e sem discriminações, regulado no interesse de todas as operações nacionais e internacionais presentes no território chinês", comentou o CEO do grupo, Gildo Zegna.
A China é o principal mercado internacional da Ermenegildo Zegna, que reorganizou a sua rede de vendas entre 2015 e 2016, passando de 90 para 80 lojas.
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