Agencia Brasil
24 de jun. de 2016
Comitê Paralímpico exibe uniformes de cerimônias da Rio 2016
Agencia Brasil
24 de jun. de 2016
Os uniformes que serão usados pelos atletas nas cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 foram apresentados hoje (23) no Rio de Janeiro. Os temas escolhidos para as roupas fazem alusão à natureza brasileira, inspirados na Floresta da Tijuca, maior área verde urbana do país.
O esgrimista Jovani Guissone, medalha de ouro em Londres 2012, foi um dos paratletas escolhidos para desfilar o novo uniforme. Ferido durante um assalto em 2004, que o deixou paraplégico, Guissone viu no esporte uma forma de melhorar sua qualidade de vida.
"Comecei no basquete de cadeira de rodas e depois conheci o pessoal da esgrima. O esporte representou muita coisa, foi vida nova, caminho novo. Quando tomei este tiro foi um baque muito grande, pois tinha 22 anos, era um guri. Mas consegui lutar e levantar a cabeça. Agora estou na reta final, treinando forte e meu objetivo é conseguir minha segunda medalha paralímpica", disse.
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, disse que a expectativa é que os atletas brasileiros se superem ao competir em casa. "A gente já tem uma história de muitos anos, mas agora estamos com centro de treinamento, com mais apoio e mais incentivo, com a chance de popularizar o esporte paralímpico no Brasil. Chegando em quinto lugar agora, podemos sonhar com um voo mais alto em Tóquio 2020", disse Andrew. Em Londres 2012, o Brasil ficou em sétimo lugar no quadro de medalhas.
Os Jogos Paralímpicos, segundo Parsons, são importantes para mudar a percepção da sociedade sobre as pessoas com deficiência. "É mais do que simplesmente medalhas. É tocar no respeito àquele que é diferente de mim", disse.
Um dos legados da paralimpíada será entregar uma cidade mais acessível às pessoas com deficiência, de acordo com o presidente do CPB. "O Rio melhorou em termos de acessibilidade no sistema de transporte e calçamento. Nenhuma cidade saiu perfeita dos jogos, mas o importante é que a mentalidade de acessibilidade perdure e continue", destacou.
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