31 de jan. de 2017
Com retomada, consumidores devem descartar controle financeiro
31 de jan. de 2017
Durante os dois últimos anos, os brasileiros tiveram de adaptar o orçamento para não sentir tanto as consequências da crise econômica: o controle com o orçamento virou prioridade e mudanças na planilha de finanças pessoais foram adotadas.
Agora, o País segue no caminho da retomada e os consumidores devem levar as lições que aprenderam durante o tempo ruim para manter a saúde financeira também nos tempos de bonança…Não será bem assim, segundo mostram dados de pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas).
A pesquisa mostra que apenas 22% dos consumidores pesquisados pretendem manter todas as medidas que adotaram durante a crise. O levantamento mostrou que, caso o País saia da crise econômica atual, muitas atitudes serão descartadas: 31% afirmaram que devem descartar a disciplina no controle dos gastos pessoais e familiares.
Outros 29% disseram que descartarão a pesquisa de preço (29%). E a redução das refeições fora de casa é citada por 26% dos entrevistados.
A vontade de “recuperar o tempo perdido e voltar ao tipo de vida que tinha antes” é citada por 44% como a principal justificativa para o abandono das boas práticas. A dificuldade em levar uma vida financeira regrada é justificativa de 35% dos entrevistados.
Uma pena.
Isso porque esperava-se que um dos bons legados da crise fosse justamente uma maior consciência financeira dos brasileiros. E comportamentos como este, de descarte de boas práticas no cotidiano, deveriam ser reforçados e não descartados.
Esse comportamento mostra a falha do País em educação financeira. Segundo José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, os dados sugerem que muitas pessoas ainda veem as medidas de controle financeiro como um sacrifício, ao invés de incorporá-las como hábitos saudáveis.
“Parte dos consumidores só adota comportamentos racionais em relação ao uso do dinheiro porque não vê outra saída. Para eles, a crise exige atitudes de controle a fim de evitar o colapso financeiro, mas, tão logo a situação melhore, acabam retomando os mesmos padrões, incluindo a falta de disciplina em relação ao orçamento pessoal e o consumo não planejado”, explicou.
“É justamente para poder viver com mais liberdade e menos estresse que a educação financeira se torna fundamental. Evitar as compras impulsivas, pesquisar preços, realizar o controle dos gastos e constituir reserva financeira tornam a pessoa mais preparada para enfrentar momentos difíceis e, ao mesmo tempo, apta a realizar seus objetivos e sonhos de consumo. Organização e controle não devem ser confundidos com privação”, disse o educador financeiro.
Fonte: Portal NOVAREJO
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