Chile entra nos mercados-alvo da indústria brasileira de calçados

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), entidades responsáveis pelo programa de internacionalização do setor calçadista brasileiro, confirmaram o Chile como um dos principais destinos do mercado local indústria nos próximos dois anos.

"É uma escolha criteriosa, planejada minuciosamente pelos departamentos de inteligência de mercado da Abicalçados e da ApexBrasil, que colocaram os principais mercados de cada continente em votação entre os empresários participantes", explica a gerente de projetos da Abicalçados, Letícia Sperb Masselli, por meio de uma boletim oficial.

O documento detalha que os mercados de destino escolhidos devem ser impactados pelas ações comerciais e de imagem do programa de exportação para os próximos dois anos.

No âmbito do projeto estão feiras internacionais, missões comerciais, plataformas virtuais de ligação a compradores estrangeiros, formação em exportação, ações de promoção de imagem com influenciadores, promoção do programa “Origem Sustentável”, entre outras iniciativas.

Tendo como objetivo a abertura estratégica do mercado chileno, a Brazilian Footwear se voltará para esse mercado no próximo biênio 2024 a 2025; uma aposta interessante considerando que, segundo levantamento da Abicalçados Market Intelligence, o Brasil representa apenas 3,4% das importações de calçados do mercado chileno.

“Apesar disso, na América Latina, o Chile é nosso quarto principal destino e importa muitos produtos com maior valor agregado, 35% é couro. No ano passado, foram embarcados 3,64 milhões de pares, o que gerou 49,6 milhões de dólares, um aumento tanto em volume quanto em receita em relação a 2021”, disse Priscila Linck, coordenadora de inteligência de mercado da Abicalçados.

Vale destacar que além do Chile, os demais países contemplados são Estados Unidos, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Alemanha e Angola.

A Brazilian Footwear conta atualmente com cerca de 300 empresas associadas que representam quase 80% do total gerado pelas exportações brasileiras de calçados.

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