29 de out. de 2014
Caxemira: um setor eco-responsável criado na Mongólia
29 de out. de 2014
A Mongólia é o segundo principal país produtos de caxemira, atrás da China. Outrora luxuoso, hoje este tecido democratizou-se, o que resultou em um sobrepastoreio caprino e seu quinhão de consequências para os ecossistemas, assim como para as populações da Ásia central.
Certa dessa constatação, a Agrônomos e Veterinários Sem Fronteiras (AVSF), uma ONG francesa, em parceria com atores locais, criou o primeiro setor de caxemira sustentável e responsável.
O objetivo? Produzir uma caxemira de qualidade que, no entanto, esteja preocupada com o meio ambiente e com os homens.
Assim, a AVSF construiu um programa que pretende lutar contra a degradação dos pastoreios no Deserto de Gobi. Para tal, ela vai trabalhar com duas cooperativas de caprinocultores voluntários da província de Bayankhongor, a mais povoada da Mongólia, em termos de plantel de cabras.
Nesta região, os caprinocultores nômades são particularmente conscientes das ameaças ecológicas e sociais que pesam sobre si. Aliás, eles estão também comprometidos tanto com a preservação da sua cultura e savoir-faire ancestrais como com a salvação do seu patrimônio natural.
Contudo, instituir boas práticas não basta. É preciso ainda conquistar destinos comerciais, remunerados decentemente. Por isso, a ONG tomou o partido de ajudá-los também neste plano.
Com isso, cada vez mais caprinocultores nômades estão se formando se solidarizando-se por meio de novas cooperativas.
Eles aplicam ainda métodos de gestão sustentável dos pastos, que necessitem da implantação de programas de pastoreios exigentes, garantia de uma preservação dos espaços, de um melhor pasto para as cabras e, portanto, uma melhor fibra.
Um trunfo que, aliado ao fator de rastreamento, de origem garantida e de preservação do savoir-faire, soube seduzir o segmento do luxo.
Na realidade, a tosquia da primavera 2015 já se encontra desde já em pré-reserva. Um forte sinal para os caprinocultores nômades de Bayankhongor que fizeram a escolha por uma fibra sustentável.
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