AFP
21 de out. de 2016
Carrefour: vendas em avanço de 1,1% no terceiro trimestre
AFP
21 de out. de 2016
O distribuidor francês publicou vendas em avanço de 1,1% para seu 3º trimestre, indo a 21.78 bilhões de euros (75.5 bilhões de reais), puxadas pelo mercado externo, enquanto a França segue apresentando ligeira retração, apesar de uma melhoria dos desempenhos em relação ao início do ano.
Este número é superior às previsões dos analistas da Factset, que contavam com um volume de negócios de 21.68 bilhões de euros. Em nove meses, o Carrefour registra vendas de 62.33 bilhões de euros (216.06 bilhões de reais), em queda de 2,4% (+2,3% fora câmbios).
No trimestre, o grupo sofreu efeitos de câmbio menos importantes do que há vários meses, mesmo que estes continuem a pesar na atividade à altura de -1,7%. A gasolina penaliza também os desempenhos à altura de -08%, ao passo que o efeito de calendário se apresenta ligeiramente positivo (+0,1%), aponta o Carrefour em um comunicado.
Neste contexto, o diretor financeiro Pierre-Jean Sivignon estimou durante uma chamada telefônica que o grupo havia efetuado "um bom terceiro trimestre", destacando que "desde 2012, o grupo continua a fazer cada vez mais" neste período do ano.
O grupo não exibe perspectivas para o fim do ano, mas estimou mais uma vez ser "atingível" o consenso de Ebit anual dos analistas, atualmente situado em 2.45 bilhões de euros (8.49 bilhões de reais).
O crescimento do Carrefour continua a ser puxado pelo mercado externo. As vendas do fim de junho ao fim de setembro avançaram aí 3% (+6,5% fora gasolina e câmbio), indo a 11.61 bilhões de euros (40.24 bilhões de reais).
A Europa (fora França) registra seu "quinto trimestre consecutivo de crescimento", uma vez que o volume de negócios avança 1,6% em dados publicados (+2,4% fora gasolina e fora taxas de câmbio), indo a 5.62 bilhões de euros, puxado em especial pelo "dinamismo das atividades na Itália e na Espanha", apontou Pierre-Jean Sivignon.
A América Latina aparecia menos penalizada pelos efeitos de câmbio desfavoráveis e avança 9,7% em dados publicados (+16,9% fora taxas de câmbio), indo a 4.23 bilhões de euros (14.66 bilhões de reais). O Brasil, segundo maior mercado da companhia fora França, viu suas vendas saltar 25,1% "confirmando a pertinência do modelo voltado ao mercado alimentar do Carrefour" em um contexto de recessão do país.
A Ásia segue negativa (-6,9%), com 1.75 bilhão de euros, ainda penalizada pela China (-11,3%), ainda que o Carrefour observe "sinais encorajadores no setor alimentar", enquanto os planos de transformação do grupo neste país seguem.
A França, principal mercado do grupo, segue ligeiramente em retração, com vendas em queda de 0,9%, indo a 10.16 bilhões de euros, ainda afetadas pela queda dos preços da gasolina e por um ambiente pouco favorável para o consumo.
No termo 'mesmas lojas', fora gasolina e fora calendário, no entanto, o volume de negócios volta ao azul com +1,2%.
Este desempenho parecia melhor do que aquele registrado nos seis primeiros meses de 2016, quando o Carrefour via suas vendas recuar 2,4%, em dados publicados, e 0,5% em dados comparáveis, fora gasolina e calendário.
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