Exclusivo
1 de ago. de 2013
Carmen Steffens anuncia entrada no setor de vestuário
Exclusivo
1 de ago. de 2013
O sonho de ter uma grife premium, inspirada nas marcas italianas, fez com que o empresário Mario Spaniol fundasse, em 1993, a Carmen Steffens. Especializada na comercialização de sapatos e acessórios como bolsas para mulheres (seu principal público-alvo), a marca parte agora para uma nova empreitada: a venda de artigos de vestuário.
Com investimento de US$ 10 milhões e dois anos de estruturação até o lançamento oficial, a Carmen Steffens passa a disponibilizar um portfólio de roupas para seus 2,5 milhões de clientes por intermédio da Maison CS, conforme afirmou o presidente da rede exclusivamente ao DCI. "Temos milhões de clientes que amam o DNA da marca, por isso vamos lançar em agosto roupas para essas consumidoras", disse. Em um primeiro momento, a grife colocará à venda 300 modelos diferentes por trimestre e a tendência é que isso seja ampliado posteriormente.
A inserção oficial no setor de vestuário com a marca Maison CS começa no mês de agosto. Este ano, 17 lojas da rede serão reformuladas para que as roupas ganhem destaque dentro do ponto de venda, explicou o executivo. "Em 2013 serão 17 lojas da rede que receberão arquitetura e decoração diferenciadas, com design moderno para valorizar as roupas, os calçados e as bolsas. Em 2014 serão 50 novas franquias com espaços entre 70 e 100 metros quadrados, inauguradas exclusivamente para comercializar a label, além de nossos licenciados em cidades menores", explicou Spaniol.
Com isso, ao longo de dois anos, a Carmen Steffens pretende aumentar seu faturamento em 30%, índice esse que incrementará os R$ 750 milhões previstos para este ano. Mario Spaniol, quando questionado sobre a desaceleração do varejo, ao que tudo indica, não acredita que suas operações sejam afetadas, uma vez que a marca cresceu dois dígitos em 2012. "Ano passado crescemos 38%", disse ele.
Seguindo os passos de sua operação calçadista, na qual a empresa produz os sapatos, as bolsa e acessórios como pulseiras, as roupas Maison CS terão 50% de produção própria e o restante será de produtos importados e de confecção terceirizada. A criação ficará por conta da equipe de estilista que desenha os sapatos da grife desde sua fundação. Mas essa não é a primeira iniciativa da rede neste ano. Ao lançar a última coleção de sapatos e bolsas, a Carmen Steffens incluiu em seu portfólio de produtos relógios e óculos de sol, produtos estes importados.
A grife faz a sua inserção no segmento de vestuário em um período positivo ao setor. Pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência apontou que os consumidores, mesmo em um cenário de inflação e preços mais altos, pretendem gastar, em média, R$ 786 com vestuário este ano. A média nacional de 2012 foi de apenas R$ 670. Entre os potenciais consumidores estão as classes A e B, os dois nichos em que a grife atua. A classe A, por exemplo, tem potencial de consumido estimado em R$ 15 milhões. Já na B, o Ibope identificou que esse valor chega a R$ 51 milhões.
Copyright © 2024 Exclusivo On Line. Todos os diretos Reservados.