O grupo Capri Holdings anunciou na quarta-feira (1) que elevou a sua previsão de lucro para o ano inteiro, devido à forte demanda pelos produtos das marcas Michael Kors e Versace.

A ações do grupo, que é também proprietário da marca Jimmy Choo e anunciou um novo programa de recompra de ações de 1 bilhão de dólares, subiram 5,4%, para 51,39 dólares, nas negociações de pré-mercado.
 
A inflação em níveis recorde nos últimos 40 anos ainda não afetou os consumidores com maior poder de compra, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, permitindo que os players do luxo continuem a aumentar os preços enquanto outros varejistas, incluindo Target Corp e Walmart Inc, estão liquidando os seus produtos.

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As vendas da Michael Kors, a marca mais importante da Capri, subiram 21,8% para 1,02 bilhão  de dólares no quarto trimestre, enquanto as da Versace saltaram 34% para 315 milhões de dólares.

A empresa também viu o seu volume de negócios aumentar 24,6%, para 1,49 bilhão  de dólares no quarto trimestre, encerrado em 2 de abril, superando as estimativas dos analistas, que apontavam para uma média de 1,41 bilhão de dólares, segundo dados do IBES da Refinitiv.

Ao longo de todo o exercício de 2021/22, as vendas do grupo atingiram 5,654 bilhões de dólares, contra 4,060 bilhões um ano antes. A marca Micheal Kors foi a que mais contribuiu para este resultado, com 3,953 bilhões de dólares (+35%), seguida da Versace, com 1,088 bilhão (+51%) e da Jimmy Choo, com 613 milhões (+47%).
 
No continente europeu (região EMEA), a Michael Kors faturou 835 milhões de dólares, contra 425 milhões da Versace e 229 milhões da Jimmy Choo.

O lucro líquido anual do grupo saltou para 823 milhões de dólares, quando no exercício anterior foi negativo em -63 milhões.
 
A Capri Holdings prevê para o exercício de 2022/23 um lucro de cerca de 6,85 dólares por ação, abaixo da estimativa anterior de cerca de 6,60 dólares. A empresa reduziu, no entanto, a sua estimativa de volume de negócios em 2023 de cerca de 6,1 bilhões de dólares para 5,95 bilhões de dólares, devido ao fechamento de lojas na China relacionado às restrições sanitárias contra a propagação da Covid-19.
 
Com Reuters