CEO da Zegna diz que não é o fim dos ternos, mas das gravatas
Ermenegildo Zegna – CEO da marca italiana de moda masculina de luxo que leva seu sobrenome – declarou que o terno não é coisa do passado, como alguns têm sugerido. No entanto, o executivo diz que a gravata já está aposentada.
Durante a conferência de negócios de luxo do Financial Times (reportada pelo City AM), o executivo disse: “Deixe-me ser claro – o terno não está morto. Mas a gravata sim!” Segundo Zegna, o knitwear é a “nova gravata”, e a demanda por leisurewear de luxo não está mostrando sinais de desaceleração.
As vendas de ternos estavam vivendo um momento complicado antes da pandemia e pioraram ainda mais com os lockdowns e o home office, que fizeram com que as roupas formais se tornassem desnecessárias.
Pós-pandemia, há um debate sobre qual será o tempo de vida do terno tradicional, e empresas especializadas em roupas formais, como Hugo Boss, têm se concentrado fortemente em roupas casuais. Muitas lojas da M&S pararam de estocar ternos e o item não está sendo mais incluído na cesta de produtos do Reino Unido que produz o Consumer Prices Index (CPI). Apesar disso, algumas marcas de ternos reportaram vendas dinâmicas, como a ASOS, que disse ter vendido 280.000 ternos na temporada AW21/22.
Curiosamente, uma pesquisa de mercado de Charles Tyrwhitt no final do ano passado identificou que “o terno e a camisa atemporais ainda lideram quando se trata de causar uma forte primeira impressão – mais de 65% dos homens entrevistados acreditam nisso e quase um terço se sente mais produtivo quando vestidos com elegância”. As gravatas não foram mencionadas.
Parece que, assim como as pessoas agora adotaram o trabalho híbrido, elas também adotaram a vestimenta formal híbrida, usando outros itens além de gravatas para dar o toque final a um terno. Zegna explicou à jornalista do FT, Roula Khalaf, que existem maneiras de fazer um terno parecer menos formal. “Combina-lo um com tênis é uma opção que dá vida a ele e o torna mais divertido”, diz.
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