AFP
Estela Ataíde
15 de nov. de 2019
Burberry continua focada na Ásia, apesar da agitação em Hong Kong
AFP
Estela Ataíde
15 de nov. de 2019
O grupo de luxo britânico Burberry registrou um aumento de 14% no seu lucro no primeiro semestre, graças a um aumento nas vendas e à economia de custos, e apesar do impacto da agitação em Hong Kong. O lucro líquido do grupo foi de 150,3 milhões de libras (175,3 milhões de euros), segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira.
O volume de negócios aumentou 5%, para 1,28 bilhão de libras, em particular graças às coleções do criador Riccardo Tisci, que agora representam 70% dos produtos nas lojas, acrescentou o comunicado.
As coleções desenhadas por Ricardo Tisci, chegado à Burberry em março de 2018, registaram um crescimento de "dois dígitos", enquanto "os resultados financeiros estiveram em linha” com as previsões do grupo, “apesar do declínio (das vendas) em Hong Kong", comentou Marco Gobbetti, diretor-geral. Este acrescenta que as previsões para 2020 se mantêm.
O líder da Burberry quer relançar a casa de luxo fundada em 1856 através de um plano de transformação pensado para expandir a oferta e se focar na gama muito alta.
Em termos de regiões, as vendas são impulsionadas pela Ásia (China, Coreia do Sul, Japão), apesar da "queda de dois dígitos em Hong Kong", onde há meses decorrem manifestações cada vez mais violentas.
O grupo, autor dos famosos trench coats em xadrez, também anunciou esta quinta-feira uma parceria nas redes sociais com a gigante chinesa da internet Tencent para desenvolver um "conceito que funde redes sociais e vendas a retalho, com espaços virtuais e físicos".
A Burberry planeia abrir um primeiro espaço em Shenzhen no primeiro semestre de 2020: das suas 223 lojas em todo o mundo, 61 estão localizadas na China.
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