Publicado em
2 de dez. de 2009
2 de dez. de 2009
Brasil e China viram porto seguro para investidores na crise
Publicado em
2 de dez. de 2009
2 de dez. de 2009
Após crise em Dubai, aplicadores procuram refúgio em títulos de países emergentes, que têm situação fiscal mais saudável. Brasil e China viram porto seguro para investidores.
Muitos analistas afirmam que o pânico quanto à moratória de Dubai deve passar logo, porque se trata de uma economia minúscula cujos problemas ficam confinados ao emirado. Mas o impasse quanto à sua dívida redespertou uma das maiores preocupações dos investidores: o elevado endividamento de muitas economias.
A regra de investimento de vender ações de mercados emergentes e comprar papéis dos mercados desenvolvidos parece ter sido virada de cabeça para baixo depois do impasse sobre a dívida do emirado do golfo Pérsico surgido na semana passada.
Grécia, Irlanda e Hungria - países cujos níveis de endividamento são vistos como perigosamente altos e ascendentes - estiveram entre os mercados mais prejudicados pelo pânico com relação à moratória de Dubai, devido ao medo de contágio entre os investidores.
Os títulos de mercados emergentes como Brasil e China registraram pesado fluxo de recursos e estão sendo tratados como "refúgios" pelos investidores, devido à situação mais saudável das finanças públicas nos dois países, enquanto os mercados de títulos de dívida da Grécia e da Irlanda viram uma forte onda de vendas.
Esse fator sublinha a mudança na dinâmica da economia mundial. Os riscos do alto endividamento dos países industrializados se tornaram uma das maiores preocupações para os investidores. Muitas economias emergentes, devido ao seu baixo endividamento e à gestão econômica prudente, parecem ter sobrevivido à crise de maneira mais efetiva que os países mais ricos.
Em 2010, a relação entre dívida pública e PIB deve subir a 111% e 80% na Grécia e na Irlanda, respectivamente. Em contraste, as projeções para a relação dívida/PIB na China e no Brasil estão estáveis em 46% e 65%, respectivamente.
O Japão tem a maior relação dívida/PIB no mundo. A projeção é que ela supere os 200% em 2010, enquanto para os EUA e o Reino Unido a projeção é de alta para 97% e 89%, respectivamente.
Fonte: Assintecal/ Global 21
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