A fabricante alemã de sandálias de alta gama, com sede em Linz am Rhein, na Renânia-Palatinado, quer investir cerca de 100 milhões de euros na sua expansão.

Quase quatro meses após a sua aquisição pela sociedade de investimentos L Catterton e pela Financière Agache, que avaliou a empresa em quase 4 bilhões de euros, a administração da Birkenstock anunciou na segunda-feira (23) que irá investir cerca de 50 milhões de euros na modernização da sua maior fábrica, em Görlitz, na Saxônia oriental, que emprega 1900 pessoas. A fábrica irá produzir principalmente sandálias em látex de cortiça. De acordo com informações divulgadas pelo diário alemão Handelsblatt, serão investidos 50 milhões de euros suplementares na construção de uma nova fábrica focada na produção de sandálias sintéticas.  
 
Uma estratégia que materializa o discurso de Bernard Arnault (ligado à L Catterton via LVMH e à frente da Financière Agache) por ocasião da aquisição, quando o magnata do luxo explicou: “Vamos ajudar a Birkenstock a concretizar o seu grande potencial de crescimento.”

Publicidade

De acordo com a Birkenstock, a empresa está estudando três ou quatro possíveis localizações no leste da Alemanha e no norte da Baviera para a nova fábrica, que numa primeira fase criará 400 postos de trabalho, crescendo posteriormente para 1000 funcionários. A decisão deve ser tomada no outono de 2021 e a produção na nova fábrica deve ser inaugurada em 2023. Na Renânia-Palatinado, a empresa já conta com uma fábrica em Sankt Katharinen e um centro logístico em Vettelschoß.
 
A marca Birkenstock nasceu em 1774. “Atualmente, empregamos cerca de 5500 pessoas em todo o mundo e a tendência é aumentar”, declarou um porta-voz da empresa. Em 2019, a Birkenstock registrou um volume de negócios de aproximadamente 720 milhões de euros com 130 milhões de euros de lucro líquido. Além disso, durante 2020, a empresa gerou receitas semelhantes, apesar da paralisação da fábrica durante dois meses.

Com DPA