AFP
Estela Ataíde
2 de dez. de 2020
Bernard Arnault: LVMH "sai fortalecida" da crise
AFP
Estela Ataíde
2 de dez. de 2020
Bernard Arnault, CEO da gigante do luxo LVMH, declarou na terça-feira (1), durante uma entrevista à rádio BFM Business, que o seu grupo "sai bastante fortalecido" da crise sanitária relacionada com a Covid-19, em particular graças à sua presença em todos os continentes.
“Há muito tempo temos como estratégia cobrir quase todo o planeta com os nossos estabelecimentos, nossas lojas e nossas filiais”, declarou Arnault, cuja empresa, que é a número 1 mundial do luxo. ultrapassou, pela primeira vez, os 250 bilhões de euros no final de novembro na Bolsa de Paris, um recorde tanto para o grupo como para todo o CAC 40.
“Quando uma parte do mundo não está tão bem, como a Europa neste momento, que é atualmente a região mais delicada e mais afetada do mundo”, as demais regiões portam-se melhor “no mesmo momento”, como a China, “que retomou seu consumo de forma surpreendente, e o Japão, que está muito bem”. Nos Estados Unidos, “a situação sanitária é preocupante, mas a nível econômico, neste momento o país parece estar funcionando”, detalhou Arnault.
O dirigente destacou uma “distribuição geográfica que atualmente é, efetivamente, favorável” ao grupo. “É verdade que um grupo como o nosso se fortalece quando passa por uma crise, devido à sua presença econômica que lhe permite superar estes momentos difíceis melhor que outros.”
E o multimilionário acrescentou: “Em comparação com alguns concorrentes, saímos bastante fortalecidos. A força do grupo permite dar continuidade à comunicação, algo que as empresas menores têm mais dificuldade. Por isso, a participação de mercado do nosso grupo tende a melhorar.”
Durante uma intervenção na noite de segunda-feira (30) na BFM, que lhe concedeu o prêmio de "manager da década", Bernard Arnault disse que a crise ligada à pandemia de Covid-19 "foi muito melhor gerida do que a anterior", a crise financeira de 2008, que “quase mergulhou o mundo em uma terrível catástrofe”.
“Na época os bancos não conseguiam fazer empréstimos entre eles. Houve momentos em que o colapso do sistema bancário internacional estava próximo. Hoje em dia, estamos em uma situação diferente, nunca estivemos à beira da catástrofe econômica.”
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