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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
21 de dez. de 2022
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Bain Capital e MV Credit assumem controle da Pronovias

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
21 de dez. de 2022

A Pronovias mudou de dono. Após o duro golpe da pandemia sobre a sua saúde financeira, a empresa espanhola de moda nupcial passa a ser controlada pelos seus credores para “reforçar a sua estrutura de capital” e reduzir “substancialmente” a dívida. Fundada por Alberto Palatchi em 1922, a Pronovias foi adquirida pela BC Partners em 2017. Na altura, o fundo britânico prevaleceu na compra sobre outros grupos interessados, como KKR, Permira ou Carlyle. A operação, que envolveu a aquisição de 90% do capital da empresa até então liderada pelo seu presidente e proprietário, ascendeu a 532 milhões de euros.


Pronovias - DR


"A Pronovias tem o prazer de anunciar que o seu principal acionista, a BC Partners, juntamente com a grande maioria dos seus credores seniores e juniores, chegaram a um acordo vinculativo para recapitalizar o grupo", anunciou a empresa de moda nupcial em comunicado. Através desta operação, cujos detalhes financeiros não foram divulgados, a Pronovias pretende "reforçar o seu balanço" e receber "uma significativa injeção de novos fundos que permitirão à empresa cumprir com o seu plano estratégico".

O acordo de compra e venda implica que a propriedade maioritária do grupo nupcial será transferida para um "consórcio de investidores" liderado pelo seu principal credor, a empresa norte-americana Bain Capital, e pela empresa britânica MV Capital. Esta operação deverá tirar algum peso dos ombros da Pronovias, permitindo reduzir “significativamente” a dívida. Este consórcio comprometeu-se "com o futuro a longo prazo" do grupo.

Uma operação para assegurar o futuro da empresa



Conforme detalhado pela empresa, os vencimentos remanescentes da dívida serão prorrogados para “fornecer a margem necessária para executar com sucesso o plano de negócios”. Além disso, o grupo adiantou que a mudança de propriedade lhe permitirá se beneficiar de “melhores condições financeiras que irão melhorar o perfil de liquidez e suportar um maior reinvestimento do negócio”. A prioridade passa por destinar um “volume relevante de liquidez” para financiar o desenvolvimento futuro da empresa.

“O grupo irá agora dispor de uma maior força e capacidade financeira para acelerar” o seu plano de negócios, afirmou Amandine Ohayon, CEO da Pronovias, realçando que a empresa é a “marca de moda nupcial líder a nível mundial” e que conta com “todos os elementos necessários para continuar a dar forma a esta indústria à medida que se reativa após a pandemia”. Após agradecer à BC Partners pelo apoio financeiro e operacional ao longo dos últimos cinco anos, a responsável assegurou que “graças ao consórcio, a Pronovias conta com uma posição firme e está plenamente preparada para levar a cabo com sucesso o seu desenvolvimento futuro”.


Amandine Ohayon, CEO da Pronovias - Pronovias


Por sua vez, o diretor-geral da Bain Capital, Sandro Patti, assegurou: “Fomos um importante financiador da Pronovias nos últimos anos e conhecemos bem o negócio. Graças à sua aposta na moda de vanguarda, aos seus designs inovadores e ao serviço personalizado, a empresa está bem posicionada para se tornar a marca nupcial de eleição no boom de casamentos pós-pandemia.” Além disso, o executivo sublinhou que a Bain Capital acompanhará o grupo nupcial tanto do ponto de vista operacional, como financeiro para "garantir que atinja o seu potencial".

Esta transação, sujeita a autorizações das autoridades reguladoras, deverá ser concluída no início de 2023.

A difícil tarefa de se reerguer após a pandemia



À semelhança de tantas outras empresas do setor nupcial, a Pronovias acusou particularmente o impacto da Covid-19, que obrigou a restrições à sua atividade e abalou a indústria dos eventos. À marcada temporalidade da organização de casamentos e à singularidade das indumentárias que caracterizam um setor altamente sensível a mudanças, somaram-se limitações organizacionais, atrasos e cancelamentos de marcações para dar origem a uma situação de saturação de celebrações que tentam recuperar os anos perdidos. Além disso, a pandemia mudou as noivas e as empresas nupciais apressam-se para reagir às evoluções do mercado, sob o desafio de lidar com a inflação e a relutância do mercado chinês, historicamente um dos mais importantes do universo nupcial.

Assim, no início de 2021, a dívida do grupo de Barcelona ascendia a 330 milhões de euros. E, no ano passado, a Pronovias registrou prejuízos no valor de 66,6 milhões de euros, enquanto as vendas ficaram 35% abaixo das registadas em 2019. Segundo estimativas da Moody's, a faturação de 2019 ascendeu a 160,6 milhões de euros e o resultado operacional bruto fixou-se em 43,3 milhões de euros. Conforme noticiado pela Bloomberg na semana passada, durante o exercício de 2021 o grupo refinanciou a sua dívida e obteve uma injeção de capital da Bain Capital. Avaliado em 15 milhões de euros, o refinanciamento foi facilitado através de um empréstimo concedido com 30% de desconto.

Contactados pela FashionNetwork.com, vários prestadores de serviços com os quais a empresa com sede em Barcelona trabalha registam incumprimentos desde 2019. Recentemente, a agência de rating Fitch colocou a Pronovias numa das suas listas de risco e preocupações de mercado, sendo a empresa espanhola com maior pontuação dada a sua elevada probabilidade de falha.

O grupo, que reúne as marcas Pronovias, Nicole, Lady Bird, St Patrick, White One e apresenta acordo de distribuição para a americana Vera Wang, será um dos protagonistas da próxima edição da Barcelona Bridal Fashion Week. O evento, que inclui desfiles e um salão bridal profissional, irá realizar-se em Barcelona entre os dias 19 e 23 de abril de 2023.

No final do exercício financeiro de 2022, a Pronovias espera “gerar um forte crescimento de dois dígitos nas suas vendas” e alcançar um aumento homólogo de 40% na receita.

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