Valor agregado, palavras que têm mudado de sentido no ciclo da moda. Até há bem pouco tempo, envolvia a criação do melhor produto, por um preço competitivo com garantia de vendas. Hoje estamos em uma fase de transição.

 
O novo consumidor busca no produto um significado que eleve sua leitura de ser humano diante do senso coletivo. Para os 'millenials', imaginar e trabalhar em prol de um mundo melhor figura como ideal principal. Assim, isso inclui na lista de expectativas fatores como sustentabilidade, autenticidade e transparência e, na lista de oportunidades, de acordo com pesquisas do portal WGSN, inspirações e ações relacionadas a questões como igualdade racial e de gênero.
 
Esta mudança de atitude tem um nome 'novo consumismo' e está intimamente ligada a dois eixos de comportamento: orgulho e política.

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Duas novas vertentes que induzem o consumidor a validar as questões referentes ao valor de produto no ato da compra. Como consequência, ainda de acordo com a WGSN, no patamar da inspiração teremos reflexões ligadas à comunidade LGBT, feminismo e toda sorte de movimentos contra o poder.
 
E, no campo da produção e negócios, serão os tópicos sustentabilidade, autenticidade e o foco na experiência e exclusividade os fatores decisivos para o sucesso das marcas.
 
Segundo esta nova visão, tanto a transparência nas questões ambientais como a autenticidade da marca para oferecer produtos de acordo com a sua própria história e cultura são ferramentas que tornam ainda mais reais os serviços e produtos ofertados.
 
"À medida que a vida se transforma numa experiência paga, as pessoas questionam o que é real e o que não é", afirma Joseph Pine, autor do livro 'The Experience Economy'. Logo, além de provar que o valor de uma marca é real através da conduta ética, eco-friendly e histórica, é preciso ainda promover experiências memoráveis para o consumidor, associando assim emoções verdadeiras ao seu próprio sentido.
 
Nessa lógica, ajudar os consumidores a atingir metas de saúde, felicidade e bem-estar são iniciativas fundamentais. Como exemplo, temos os clubes de corrida organizados pela Nike, maior fabricante de sportswear do mundo. Os consumidores querem ser mais saudáveis, querem ter uma vida mais plena e cada vez mais esperam que as empresas sejam capazes de ajudá-los a alcançar isso.
 
Os rápidos desenvolvimentos na área tecnológica, por sua vez, são os fatores que levaram os consumidores a aumentar suas expectativas on-line: face a tal realidade, nasce a exigência de um alto nível de serviço, capaz de proporcionar uma experiência única entre cliques.
 
Deste mesmo ambiente onde as promoções tornaram-se tão frequentes, descende também uma mudança de paradigma, onde o cliente espera por preços mais baixos.
 
Por fim, temos o aumento dos serviços de personalização respondendo à procura por produtos que ajudem a expressar a individualidade. E aqui chegamos a um tópico muito importante para o segmento jeanswear. Como exemplo, temos o boom do denim customizado.
 
O novo consumidor está em busca de soluções que o ajudem a expressar-se através da moda, no look de guerra que ele veste logo pela manhã, para enfrentar sua rotina. Eia aí a grande oportunidade para a indústria denim, que sempre foi movida pelas necessidades reais, experiências verdadeiras, e atitudes de engajamento que deram voz às ruas.