Por
Portugal Textil
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Publicado em
13 de jul. de 2011
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Artesanato investe no e-commerce
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Portugal Textil
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13 de jul. de 2011
13 de jul. de 2011
Diversos artesãos indianos começaram a vender através do site on-line nethaat.com, o qual foi lançado no início deste ano com o objetivo de proporcionar um novo mercado para os produtores de artigos têxteis, em metal e madeira e até mesmo jóias.
Indianos devem usar cada vez mais o computador para a compra de produtos. Foto: Corbis |
Rakesh Sonava, co-fundador do nethaat.com, revelou que foi inspirado pela experiência da sua família e pelo esforço para conseguir vender mercadorias. «O meu tio costumava ir de lugar em lugar para vender fronhas de almofada e roupa de cama pintadas à mão. Ele podia vender o que levava com ele, mas nada mais», explicou Sonava. «Eu queria criar uma plataforma permanente para que pessoas como ele pudessem vender os seus produtos».
O artesanato é um dos maiores empregadores na Índia e um pilar para a economia rural. A All India Artisans and Craftworkers Welfare Association estima que 13 milhões de pessoas trabalhem no setor. As vendas de artesanato indiano totalizaram 87,2 bilhões de rupias (1,9 mil milhões de dólares) em 2009/2010, segundo o Export Promotion Council for Handicrafts, que é apoiado pelo governo indiano.
Apesar de ao longo dos últimos anos muitas lojas apostarem na Internet para vender produtos tradicionais, a Nethaat é a primeira a permitir que os artesãos possam vender os seus produtos diretamente aos consumidores através do comércio eletrônico.
Desde Janeiro, Sonava e o seu sócio Roshan Agarwal, com uma rede de representantes, têm ajudado os artesãos na criação e gestão das suas próprias lojas on-line, oferecendo ajuda em áreas como a embalagem e o atendimento ao cliente. Os artesãos podem colocar até 25 produtos no site gratuitamente, com 3,5% das receitas de vendas a pertencerem à Nethaat. Se quiserem colocar mais produtos, os artesãos terão de pagar 400 rupias (6,33 euros) por mês à empresa.
Sonava e Agarwal investiram 900 mil rupias até o momento, com cerca de 1.800 produtos à venda, que vão desde têxteis que custam apenas 70 rupias (1,10 euros) até tampos de mesa em mármore por 15.000 rupias (cerca de 237 euros). Eles também oferecem a opção de negociação em alguns produtos, onde o comprador pode negociar com o vendedor antes de concordar com um preço – à semelhança do regatear que é comum nos movimentados mercados de rua da Índia.
Os responsáveis recusaram-se a divulgar quaisquer números de vendas ou o número de artesãos envolvidos, dizendo apenas que ainda era «cedo» e que esperam atingir um volume de negócios anual de 1,8 milhões de rupias (28.472 euros) em Maio do próximo ano.
A utilização de computadores e da Internet ainda é baixa na Índia, apesar de o país ser um ator importante no setor das tecnologias da informação. Mas o governo planeja ampliar o acesso à Internet de banda larga em todo o país, incluindo as zonas rurais, e observadores da indústria prevêm que o mercado de comércio eletrônico cresça quase 50% este ano.
A Internet and Mobile Association of India (IAMAI) defende que o retalho on-line – que atualmente representa apenas 8% do mercado indiano de comércio eletrônico – está se desenvolvendo rapidamente. Uma tendência que Sonava e Agarwal esperam ver concretizada ao longo dos próximos dois anos.
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