Reuters API
Novello Dariella
10 de jun. de 2021
Armani tem seu futuro em foco e grupo nega interesse em fusão com a Ferrari
Reuters API
Novello Dariella
10 de jun. de 2021
As especulações sobre o futuro do grupo de moda italiano Armani vieram à tona na quarta-feira (9), após a marca milanesa ter dito que não tem interesse em um acordo com a fabricante de carros esportivos de luxo Ferrari, conforme proposto em um plano de bancos de investimento.
Os planos de sucessão da empresa fundada pelo designer Giorgio Armani, de 86 anos, conhecido como Rei Giorgio no mundo da moda, há muito tempo são objeto de especulação. Em uma entrevista à revista Vogue em abril, Armani disse estar aberto à possibilidade de unir forças com um parceiro italiano, apesar de ter insistido anteriormente que o grupo deveria permanecer independente.
Na quarta-feira (9), o jornal italiano Il Sole 24 Ore disse que bancos de investimentos, que não foram divulgados, apresentaram um plano que prevê uma fusão da Armani e da Ferrari com a Exor, holding da família italiana Agnelli e principal investidor na Ferrari.
Segundo o plano, Armani, ao fundir sua empresa com a Ferrari, se tornaria o segundo maior investidor na montadora de carros de Fórmula 1. O jornal disse que tanto Armani quanto Exor descartam tal plano.
Um porta-voz da Armani contatado pela Reuters disse que o projeto não havia sido apresentado ao grupo de moda que, de qualquer forma, não tinha interesse nele.
Os comentários de Armani à Vogue alimentaram especulações sobre o possível interesse da Exor, que recentemente adquiriu participações na fabricante de calçados Christian Louboutin e no grupo de luxo chinês Shang Xia, co-fundado pela francesa Hermès. Analistas não cogitam a possibilidade de fusão entre Ferrari e Armani, mas não descartam o interesse da Exor na grife.
Um analista de Milão disse que uma avaliação entre 5 e 6 bilhões de euros para a Armani implicaria um investimento de 1,0-1,8 bilhão de euros da Exor por uma participação de 20-30%.
Armani e Exor não quiseram comentar sobre as especulações do mercado.
© Thomson Reuters 2024 All rights reserved.