Armani se recupera da pandemia com um aumento de 34% nas vendas no primeiro semestre

Giorgio Armani comunicou no domingo (25) que registrou um aumento de 34% nas vendas no primeiro semestre graças à China e aos Estados Unidos, mas o grupo italiano acredita que pode ser necessário esperar até ao próximo ano para apagar completamente o impacto da pandemia de Covid-19.

"O objetivo é voltar aos níveis pré-pandemia até 2022, com (...) mais de dois bilhões de euros em volume de negócios consolidado direto", declarou Giorgio Armani, CEO da marca no comunicado sobre os resultados do grupo em 2020 e a tendência no período de janeiro a junho.
 
As vendas líquidas consolidadas da Armani caíram 25% no ano passado para 1,6 bilhão de euros, principalmente durante o primeiro semestre, devido à pandemia, explicou o grupo de luxo italiano.

O setor do luxo registrou em 2020 a sua primeira queda nas vendas em vários anos devido à pandemia, que levou ao fechamento de várias lojas e à interrupção do turismo internacional.
 
O grupo milanês não forneceu números sobre o montante das suas vendas no período de janeiro a junho, mas afirmou ter registrado uma tendência positiva nesta fase, o que sugere uma melhoria da sua rentabilidade para 2021. No conjunto de 2020, o grupo gerou um lucro líquido consolidado de 90 milhões de euros, mas um prejuízo operacional (EBIT) de 29 milhões de euros.
 
O grupo reportou igualmente uma melhoria da sua posição financeira no primeiro semestre, com um caixa líquido de 1,088 bilhão de euros, “garantindo os recursos financeiros necessários para a estabilidade e para o crescimento a médio e longo prazo”.
 
Fontes familiarizadas com o assunto indicaram neste mês que John Elkann, herdeiro da dinastia industrial Agnelli, estaria estudando a possibilidade de uma fusão com a Giorgio Armani como parte de um plano para criar um conglomerado de luxo em torno da Ferrari. Com 87 anos, Giorgio Armani declarou em abril que pode se associar à outra empresa italiana.