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Agência LUSA
Publicado em
10 de nov. de 2016
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Andreja Pejic quer mudar mentalidades com documentário sobre sua transição

Por
Agência LUSA
Publicado em
10 de nov. de 2016

A ‘top model’ transexual Andreja Pejic está terminando um documentário sobre sua transição, com o qual pretende “mudar mentalidades” num mundo que está “problemático” em todo o lado, não só nos Estados Unidos.

Andreja Pejic, nascida na Bósnia em 1991, foi para a Austrália ainda pequena como “refugiada”. Foi naquele país que descobriu que “tinha problemas de gênero”. “Sentia-me uma moça”, contou esta quinta-feira, 10, em Lisboa, na Web Summit. À Internet agradeceu o fato de ter “descoberto ainda muito nova o que era ser trans”.

Andreja Pejic na Gala da AmfAR 2015 - Foto: Getty Images


Aos 17 anos, quando trabalhava numa cadeia de ‘fast-food’ foi 'descoberta'. No início da carreira trabalhava como modelo andrógina. “Era chamada de o rapaz mais bonito do mundo”, disse. Há dois anos decidiu “completar a transição e viver a vida como uma modelo”.

Acordar da operação de mudança de gênero foi “uma experiência surreal”. “Não muda a pessoa que és, sou a mesma, tenho as mesmas ideias”, referiu, acrescentando que “não é fácil, é duro”. “Mas estou esperançosa no futuro e que as pessoas abram a mente, para que o nível de respeito aumente”, partilhou.

A transição foi algo que fez por si mesma. A ideia de, através do documentário, “fazê-lo publicamente foi uma causa maior”.

“Estava em boa posição de mudar a moda, de ajudar a acabar com o preconceito”, referiu, sublinhando a consciência que tinha do risco que corria.

Se o tivesse feito cinco anos antes, “provavelmente não estaria hoje falando na Web Summit”. “Há cinco anos era completamente diferente. Não havia respeito nas mídias, mas o movimento tornou-se mais visível, com pessoas assumindo a mudança. Não sei se a minha carreira continuaria. Corri um risco, mas correu tudo bem”, considerou.

Andreja Pejic tem noção que teve “muita sorte”. “A maioria das pessoas da minha comunidade não tem estas oportunidades. Eu tenho sorte, porque posso falar publicamente disto e continuo a trabalhar e isso é novo”, afirmou.

Hoje, “mais do que nunca”, a modelo sente que tem “responsabilidade de espalhar paz e amor”.

“Ainda há muitos trans vivendp em segredo. Nem toda a gente tem que ser ativista, mas é diferente não levar isto muito a sério e ter medo de contar porque vai estragar a vida”, lamentou.

Na vida diária, tal como na indústria em que trabalha, a modelo disse não sentir preconceito. “Passo bem por mulher e isso ajuda [a que não sinta preconceito quando anda nas ruas]”, referiu, sublinhando que sente “mais preconceito on-line”.

“Quando sai um artigo sobre mim [num jornal ou revista na Internet] leio muitos comentários negativos. As pessoas são muito ignorantes”, lamentou.

A viver em Nova York, Andreja Pejic esteve atenta às eleições norte-americanas. Para ela, o novo presidente do país, Donald Trump, representa uma “rebelião contra o status quo, mas não numa maneira boa”.

“É perigoso para as minorias, é mau para quase toda a população, também para quem votou nele”, afirmou, garantindo não querer mudar de país. “É bom voltar lá, enfrentar a opressão e construir um movimento para um novo mundo, [até porque] o mundo está ficando um lugar problemático em todo o lado”, disse.

Para uma pessoa que, “desde o colégio, avisava os outros que o capitalismo estava levando-nos a uma altura de fascismo e de guerra é triste ver o fascismo crescer nos dois lados do atlântico”.

Nos dias em que está menos bem, Andreja Pejic acessa suas contas nas redes sociais Facebook e Twitter, através das quais é contactada por “pessoas de todo o mundo”: “É maravilhoso receber mensagens de pessoas que sentem que têm um exemplo positivo, alguém para mostrar aos pais, um ponto de referência”.

A Web Summit de Lisboa, que arrancou na segunda-feira e termina esta quinta-feira, 10, conta com mais de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

Entre os oradores, estão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de esporte, moda e música.

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