6 de jan. de 2016
Algodão: OMC concorda com isenção de impostos para os países emergentes
6 de jan. de 2016
Reunindo no Quênia 162 ministros do Comércio dos Estados membros, a Organização Mundial do Comércio (OMC) obteve acordos apenas sobre um número limitado de assuntos. No entanto, os membros votaram uma isenção do imposto sobre o algodão produzido pelos países em desenvolvimento.
Uma decisão que será aplicada sobretudo aos países da África subsaariana. Esses últimos poderão exportar, livre de impostos, seu algodão e produtos à base de algodão. Além disso, eles não terão também de cumprir quotas de exportação para os países desenvolvidos ou em desenvolvimento não produtores da matéria-prima. Por outro lado, os ministros concordaram com o fim dos subsídios ao algodão dos países desenvolvidos e em desenvolvimento a partir de 2017.
Este anúncio chega no momento em que as importações mundiais de algodão devem cair 3%, indo a 7,4 bilhões de toneladas, na safra 2015-16. É o que adianta o International Cotton Advisory Committe (ICAC), que se baseia em uma nova desaceleração do consumo. E este recuo não ocorrerá sem consequências para a produção mundial.
Esta produção deve cair 12%, para 23,1 milhões de toneladas, neste último ano de 2015. Problema: este nível será inferior à demanda, estimada em 1,3 milhão de toneladas acima. E o recuo atingirá o conjunto dos grandes produtores, da Índia (-4%) à China (-19%), passando pelos Estados Unidos (-18%), Paquistão e Brasil. Uma alta dos preços é, portanto, aguardada na temporada.
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