Por
Terra
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Publicado em
26 de jul. de 2010
26 de jul. de 2010
Africanos recebem não da editora responsável pela Vogue
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26 de jul. de 2010
26 de jul. de 2010
Ainda não será desta vez que o mercado editorial de moda receberá uma Vogue africana. A ideia proposta pelo fotógrafo camaronense radicado na França, Mario Epanya, foi rejeitada pela Condé Nast que detém o nome "Vogue" no mundo.
Última capa feita por Mario Epanya da Vogue africana de - mentirinha - Foto: Reprodução Redação Terra |
Após perceber que a beleza negra nas revistas ocidentais não correspondia com a beleza africana real, Epanya se empenhou no desenvolvimento do projeto que viabilizasse o surgimento de uma Vogue que contemplasse o povo africano e suas manifestações fashion. Para isso ele desenhou algumas capas fictícias da publicação e as enviou a Condé Nast. Hoje, Epanya postou em sua página do Facebook "Queridos. A espera terminou. A Condé Nast disse não ao licenciamento da 'Vogue' na África".
Nem todos estavam a favor do fotógrafo. Se por um lado Ladybrille Magazine (revista virtual especializada no cenário de moda africana) escreve: "A África é e continuará na moda. Muitos africanos sentem a necessidade da validação ocidental via 'Vogue África' e outras similares, ou invés de apoiarem sinceramente suas próprias publicações. É triste que as coisas sejam assim.". Por outro, o site Madame Noire (também focado no estilo afro) toma parte em defesa de Epanya. "A 'Vogue' pode se safar publicando alguns poucos editorias de moda com poucas modelos africanas ou afroamericanas. Alguém de fato está surpreso com a decisão tomada pela Condé Nast?".
Certa vez em uma entrevista Epanya disse: "O Brasil tem suas favelas assim como a Índia e todas elas têm suas edições próprias da Vogue. Deixarei vocês refletirem a respeito disso...".
Ale Ougata
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