AFP
Novello Dariella
1 de nov. de 2019
Afetada por Hong Kong, Estée Lauder será menos lucrativa este ano
AFP
Novello Dariella
1 de nov. de 2019
O grupo de cosméticos Estée Lauder anunciou que terá seu lucro reduzido este ano, impactado pelos protestos em Hong Kong, pelo Brexit e pela desaceleração do crescimento na China.

O anúncio foi mal recebido em Wall Street, onde as ações caíram mais de 4% no início do pregão na quinta-feira (31). A empresa espera agora um lucro por ação entre 5,85 e 5,93 dólares para o ano fiscal 2019/2020, que será concluído em 30 de junho. Sua previsão anterior era de 5,90 a 5,98 dólares, enquanto os mercados financeiros estimavam 5,97 dólares.
A Estée Lauder justificou sua decisão pelos "custos relacionados ao Brexit no Reino Unido, riscos associados às negociações comerciais em andamento entre os Estados Unidos e vários países, a antecipação de um crescimento moderado e gradual das vendas líquidas na China ( ...) e as dificuldades contínuas em Hong Kong, impactando as áreas de centros comerciais.
Os grupos de luxo estão sendo particularmente afetados pelos protestos em Hong Kong, que levaram ao fechamento de lojas em áreas turísticas. Sem fornecer dados precisos, a Estée Lauder disse que suas vendas caíram no primeiro trimestre. Hong Kong representou um pouco menos de 4% do faturamento global do grupo norte-americano.
Nos trimestre encerrado em 30 de setembro, correspondente ao primeiro de seu ano fiscal, o lucro líquido cresceu 19,1%, para 598 milhões de dólares, e o faturamento aumentou 10,5%, para 3,9 bilhões de dólares.
Em termos de desempenho por região, a Ásia teve o melhor, com um aumento de 23,8% nas vendas, para 1,06 bilhão de dólares. Europa, Oriente Médio e África registraram um aumento de 17% nas vendas, para 1,68 bilhão de dólares, enquanto as Américas viram seu volume de negócios cair 6%, para 1,16 bilhão de dólares.
Por divisão, a de cuidados com a pele, que incluiu as marcas La Mer e Clinique, registrou crescimento de 24% nas vendas, para 1,84 bilhão de dólares. As vendas de produtos de maquiagem, impulsionadas pelas marcas Tom Ford e M.A.C, aumentaram 2,6%, para 1,44 bilhão de dólares. Por outro lado, as vendas de perfumes caíram (-2,1%, para 462 milhões de dólares), assim como a de produtos para cabelos (-4,9% a 136 milhões).
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