Por
Portugal Textil
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Publicado em
13 de jul. de 2011
13 de jul. de 2011
A Albânia quer marcas europeias
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Portugal Textil
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13 de jul. de 2011
13 de jul. de 2011
Albânia está fazendo um grande esforço para atrair negócios de sourcing de marcas europeias assustadas com a volatilidade que está a afetar países africanos e do Médio Oriente. Flamur Hoxha, diretor da câmara da indústria têxtil do país, afirma que a incerteza do fornecimento e a insegurança que emerge destes conflitos colocou a Albânia no mapa como um destino ideal para fazer vestuário de elevada qualidade a preços baixos.
![]() Foto: Corbis |
«Estamos vendo um aumento nas marcas italianas e francesas com produção no Norte de África tentando mudar para a Albânia», indicou Hoxha, que gere a produtora de camisas Kler, que emprega 300 trabalhadores que fazem 600 mil artigos de vestuário por ano.
Tal como a Kler, há outras 400 pequenas empresas de vestuário na Albânia capazes de produzir roupa interior, casacos e sobretudos, com clientes na Itália, na Grécia e na Alemanha.
De acordo com Hokha, os produtos albaneses são mais baratos a produzir já que os custos da mão-de-obra variam de 0,06 euros a 0,07 euros por minuto e o salário médio é 250 euros.
A maior parte dos trabalhadores são mulheres jovens, uma vez que o país tem uma população muito nova com 47% dos albaneses na faixa dos 25 anos.
A Albânia está também próxima da UE, o que permite que os envios cheguem a Itália em 24 horas por barco. A qualidade também é elevada e o país tem flexibilidade para fazer pequenas encomendas. Atualmente, o setor têxtil e de vestuário representa 40% das exportações albanesas, empregando um milhão de pessoas, quase metade de todos os postos de trabalho privados.
«É uma das poucas atividades que trazem euros para o país e o Governo não está a apoiar-nos», queixa-se Lindita Legisi, que gere a pequena empresa de têxteis Omega, que produz lingerie para a Sixty, Liu Jo, Kocca e Alessandrino, entre outras.
Ela afirma que o Estado deve providenciar créditos mais leves e trabalhar para eliminar a taxa de 12% que os produtos não-europeus pagam quando entram na Europa, através de acordos bilaterais.
«Com pouco dinheiro é possível criar muitos postos de trabalho. O Governo deve apoiar este setor já que ajudaria a baixar o desemprego», atualmente nos 12,5%, segundo dados do Governo.
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