Exclusivo
16 de out. de 2013
"A indústria de moda no Brasil está no caminho certo", segundo especialista alemão
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16 de out. de 2013
Mesmo contando com competência, amplo parque industrial, criatividade empresarial, pessoas dispostas a trabalhar e recursos energéticos, o setor de vestuário no Brasil teve, em 2012, um déficit de 5,3 bilhões de dólares na balança comercial.
A afirmação é do consultor Fritz Herbold, do Instituto Hohenstein, Alemanha, e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), que proferiu palestra no Workshop Internacional SENAI Têxtil, Vestuário e Design. O evento foi promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) em Blumenau, na última segunda-feira, dia 14. Para o especialista, "a indústria de moda do país está no caminho certo, o problema é o ônus fiscal".
Herbold observa que por ser uma cadeia produtiva longa, que vai do polímero do fio à roupa, o setor tem um custo tributário mais elevado. "Em todas as etapas incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Existe a possibilidade do crédito tributário, mas ele raramente se efetiva", salienta. Por isso, o consultor estima que entre 40% e 50% das roupas vendidas nas lojas do país vêm de outros países.
"Ter mais produtos importados não é o problema, desde que a indústria tenha competitividade internacional", diz. "A Alemanha é especializada em produzir e exportar confecções especiais, técnicas. Por isso, não há problemas se o restante das roupas vem de fora".
CONFORTO NA MODA – Graduado em Krefeld, na Alemanha, Herbold representa no Brasil o Hohenstein Institute, especializado em qualidade, certificação e homologação na área têxtil. Segundo o especialista, "o conforto da moda não acontece por acaso e é resultado de um cuidadoso desenvolvimento de produto".
Ele destacou que o vestuário deve contribuir para reduzir as sensações extremas de temperatura, pois o estresse de frio ou calor reduz o desempenho das pessoas. Neste sentido, citou aventais para salas de cirurgia que não sujam com sangue e eliminam o suor do cirurgião.
O consultor também sugeriu atenção a novos nichos de mercado, como o de pessoas idosas. "É um público muito grande na Europa e que está se fortalecendo também no Brasil".
Foto: Divulgação
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