1 265
Fashion Jobs
GRUPO BOTICARIO
Analista de Logística Operacional i - cd Serra/es
Efetivo · SERRA
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Supervisora de Sell Out - Rio de Janeiro e Espírito Santo
Efetivo · RIO DE JANEIRO
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Promotora de Venda Direta - Brasília/df
Efetivo · BRASILIA
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Promotora de Venda Direta (Blumenau - sc)
Efetivo · BLUMENAU
GRUPO BOTICARIO
Conferente - São Gonçalo Dos Campos
Efetivo · SÃO GONÇALO DOS CAMPOS
CAEDU
Líder Vendas
Efetivo · BELO HORIZONTE
L'OREAL GROUP
Consultor(a) - l'Oréal Luxo - São Paulo/sp
Efetivo · JUNDIAÍ
ABBOTT
Gerente Regional de Segurança Brazil /Paraguay / Bolivia - Divisão de Serviços de Engenharia (Ges/Global Security) - São Paulo/sp
Efetivo · SÃO PAULO
ABBOTT
Representante de Promoção de Vendas - Divisão de Farmacêuticos Estabelecidos (Epd) - Joinville/sc ou Blumenau/sc
Efetivo · SÃO PAULO
RENNER
Analista de Planejamento de Atendimento i
Efetivo · PORTO ALEGRE
GRUPO BOTICARIO
Analista de Planejamento e Processos Lll | Estratégia Varejo e vm (Brand Experience B2B)
Efetivo · SÃO PAULO
AVON
Analista Pleno de Planejamento Mercadológico (Categoria Presentes)
Efetivo · SÃO PAULO
RENNER
Executivo Comercial
Efetivo · PORTO ALEGRE
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Consultora de Cabelos - Brasília
Efetivo · BRASILIA
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Consultora de Cabelos - Goiânia
Efetivo · GOIÂNIA
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Supervisora de Sell Out - Canal Alimentar | São Paulo
Efetivo · SÃO PAULO
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Supervisora Sell Out | Campinas e Região
Efetivo · CAMPINAS
AVON
Analista Pleno de Planejamento Mercadológico (Categoria Presentes)
Efetivo · SÃO PAULO
RENNER
Analista de Produto (Compras)
Efetivo · PORTO ALEGRE
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Promotora de Venda Direta - Brasília - df
Efetivo · BRASILIA
GRUPO BOTICARIO
Pessoa Promotora de Venda Direta - Brasília - df
Efetivo · BRASILIA
C&A
Analista de CRM Pleno
Efetivo · SÃO PAULO
Por
Agencia Brasil
Publicado em
28 de jan. de 2015
Tempo de leitura
3 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Setor têxtil: sob o tapete de muitas coleções... o trabalho escravo

Por
Agencia Brasil
Publicado em
28 de jan. de 2015

A pulverização da cadeia produtiva do setor têxtil em São Paulo leva à disseminação de condições de trabalho análoga à escravidão neste ramo. A análise é do auditor fiscal do trabalho Roberto Bignami, coordenador do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo (SRTE-SP).

O grande número de trabalhadores sujeitos a condições análogas à de escravo no setor têxtil levou à instauração, em março de 2014, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo. Foto: MPT


“É um sistema que fraciona a produção e joga para o domicílio toda a célula produtiva”, declarou à Agência Brasil. De acordo com ele, as fiscalizações mostram que, nesses ambientes, o pagamento é feito com base na produção, o que leva a jornadas excessivas, sem que sejam oferecidas condições de segurança e saúde.

O coordenador aponta que a submissão a esse tipo de trabalho, conhecido como “sistema de suor” (termo oriundo do inglês 'sweating system'), ocorre com mais frequência entre trabalhadores estrangeiros.

“É um tipo de trabalho que, basicamente, o trabalhador nacional já não aceita. Ele acaba atraindo o estrangeiro e, principalmente, o mais humilde. É o imigrante econômico que busca melhores condições do que de seu país. A gente tem um nicho muito grande de trabalhadores andinos, basicamente bolivianos, paraguaios, peruanos”, avaliou.

O grande número de trabalhadores sujeitos a essa condição no setor têxtil levou à instauração, em março de 2014, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo.

O relatório final, de outubro, estima que existam entre 12 mil e 14 mil 'sweatshops' no estado paulista, o termo em inglês refere-se a locais de trabalho que se confundem com residências e envolvem condições extremas de opressão e salários miseráveis. O documento aponta ainda que um empregador que utiliza mão de obra escrava lucra cerca de R$ 2,3 mil por mês sobre cada trabalhador na comparação com aqueles que respeitam a legislação.

A organização não governamental Repórter Brasil, que acompanha os casos de trabalho escravo no setor têxtil desde 2009, registra pelos menos 20 episódios em São Paulo neste período.

Marcas famosas, como Zara e M.Officer, foram obrigadas a prestar esclarecimento sobre as condições de trabalho à que as pessoas que fabricam as peças, vendidas em suas lojas, eram submetidas. Um dos últimos casos, verificado em novembro do ano passado, foi registrado na Renner. Foram resgatados 37 trabalhadores bolivianos em uma oficina localizada na zona norte da capital paulista.

Fiscalização do Ministério Público do Trabalho identifica uma confecção irregular em São Paulo. Foto: Reprodução


“[Atacar esse sistema de produção] implica, necessariamente, a responsabilização jurídica, solidária de toda a cadeia produtiva pelas condições de trabalho nela realizada. Este é o ponto principal”, avaliou Bignami.

Em relação ao flagrante da Renner, o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou, em dezembro passado, um termo de ajustamento de conduta (TAC) com as confecções Kabriolli Indústria e Comércio de Roupas e a Indústria Têxtil Betilha, empresas da linha de produção da loja. O valor de R$ 1 milhão foi estabelecido para o pagamento de verbas rescisórias, salariais e de danos morais individuais aos trabalhadores.

A decisão do MPT apontou que, embora o TAC tenha sido firmado com as duas confecções, isso não isenta a responsabilidade da Renner. A fiscalização constatou que trabalhadores estavam em condições degradantes de alojamento, jornada de trabalho exaustiva de 16 horas, retenção e descontos indevidos de salários, servidão por dívida, uso de violência psicológica, verbal e física e manipulação de documentos contábeis trabalhistas sob fraude.

A rede varejista informou, à época do fato, que repudia o uso de mão de obra irregular e que os contratos com os seus fornecedores prevê o cumprimento das leis trabalhistas.

Copyright © 2024 Agência Brasil. Todos os direitos reservados.