Novello Dariella
18 de mai. de 2018
São Paulo é segunda cidade da América Latina com maior presença de varejo internacional
Novello Dariella
18 de mai. de 2018
Segundo a 11ª edição do estudo publicado esta semana pela CBRE, “How global is the business of retail” (Quão global é o negócio de varejo), que identificou os principais mercados globais visados pelos varejistas internacionais em 2017, São Paulo foi apontada como a segunda cidade da América Latina com o maior percentual de varejistas estrangeiros, com 22,7%. A capital paulistana ficou atrás da Cidade do México, com 30,7%. A terceira colocada foi a capital da Colômbia, Bogotá, com 19,3%.
No ranking mundial, São Paulo ficou em 106º lugar, subindo uma posição em relação a 2016. Dubai, Shanghai e e Londres mantiveram as posições obtidas em 2016: primeira, segunda e terceira colocadas, com respectivamente 62%, 55,3% e 51,7% de presença de varejistas internacionais. Apenas mais uma cidade brasileira também constou no ranking, o Rio de Janeiro, em 142º lugar com 17.0%, caindo três posições em relação ao ano anterior.
No ranking dos países, o Brasil ficou em 45º lugar, com 23.1% dos varejistas internacionais, mesma posição de 2016, sendo o terceiro colocado da América Latina. O México foi o país com maior percentual (44.0%), subindo uma posição, para a 15ª, seguido pela Colômbia (27.5%) que também subiu uma posição, para a 38ª. Os primeiros países no ranking mundial foram: Emirados Árabes Unidos (61.7%), China (59.3%) e Estados Unidos (53.0%).
O estudo “How global is the business of retail” procura avaliar o panorama geral do varejo global, identificando os setores e mercados mais visados, e contribui para uma maior compreensão das tendências. "Nossa meta é fornecer uma imagem definitiva do varejo global que pode ajudar a informar a futura tomada de decisão”, explica a CBRE, empresa responsável pela pesquisa. Marcas novas e existentes continuarão buscando locais globalmente dominantes para expansão estratégica”.
Nesta 11ª edição, foram analisadas 123 cidades de 47 países, sendo que todas tiveram pelo menos uma nova marca internacional aberta pela primeira vez em 2017. Metade dos 20 principais mercados-alvo em 2017 são da região Ásia-Pacífico. De acordo com o estudo da CBRE, uma ampla gama de fatores contribuiu para que esses mercados constituíssem os 20 maiores, incluindo acessibilidade, maior oferta e crescimento econômico positivo.
As marcas de luxo foram o principal impulsionador da expansão para as Américas, com uma proporção considerável dessas marcas abrindo no Canadá, particularmente em Vancouver, com forte demanda de consumidores locais dentro da crescente faixa de alta renda da cidade e de turistas asiáticos afluentes. Quanto à origem dos varejistas, os norte-americanos foram os mais ativos em 2017, "devido à sua maturidade e necessidade de cruzar fronteiras para ganhar participação de mercado”. Marcas de luxo da França e da Itália também expandiram ativamente suas redes internacionais.
A pesquisa chama a atenção para a evolução do varejo e da exigência dos consumidores, que "estão ditando quando, onde e como eles se envolvem com marcas". Apesar dos avanços do e-commerce e da desaceleração na expansão das lojas físicas, que teve queda de -2,9% em relação à 2016, a CBRE ressalta que continua sendo importante ter uma rede de lojas físicas, e é necessário criar uma integração entre as experiências online e offline.
"Ter uma estratégia online abrangente é um fator significativo para muitos varejistas, mas de forma alguma indica que a loja física está inoperante. Em vez disso, seu papel está evoluindo. As estratégias omnichannel podem aumentar a necessidade destas. Como o papel da loja muda, o que já foi um modelo de sucesso para atrair compradores não garantirá isso no futuro. Portanto, encontrar o local físico correto combinado com o mix de produtos certo e experiências exclusivas da loja contribuirá para a sobrevivência do varejista”, destaca o estudo.
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