Renner reduz juros de seu cartão de crédito

A varejista de vestuário brasileira Lojas Renner cortará as taxas de juros que cobra dos clientes que possuem cartões de crédito, a partir de 1 de novembro. A concorrência acirrada e as pressões do governo espremeram o lucrativo negócio de financiar o consumidor.

A Renner cortará a taxa máxima de juros de seus produtos financeiros e reduzirá de 12 a 16% para 9,8% ao mês, comunicou um porta-voz a analistas e corretoras sobre a decisão. As ações da Renner cairam 1,6% e podem cair cerca de 6% esta semana, com os investidores se preparando para um desempenho mais fraco da unidade de financiamento.

A Renner, como outras empresas do setor, criou seu próprio serviço de crédito ao consumidor para incentivar as vendas. Os lucros provenientes desse negócio se tornaram mais importante para a empresa, escreveu em nota aos clientes, Fabio Monteiro, analista do BTG Pactual Grupo.

Os maiores bancos privados do Brasil, o Itaú Unibanco Holding e o Banco Bradesco, anunciaram nas últimas semanas, uma afiada redução nas taxas do cartão de crédito e condições mais agressivas de pagamentos.

O Itaú Unibanco também assumiu o controle do cartão de pagamento Redecard esta semana, em um movimento que pode acelerar a mudança na relação entre bancos e usuários de cartão.

O governo também se esforçou para o crédito ficar mais barato para o consumidor, condenando as altas taxas de juros para empréstimos pessoais e cartões de crédito, ao mesmo tempo em que a política do Banco Central reduziu os custos de empréstimos para níveis recorde.