2 de set. de 2016
Pela 1ª vez e-commerce brasileiro obtém crescimento de apenas um dígito
2 de set. de 2016
é pouco tempo, o comércio eletrônico apresentava crescimento vigoroso, sempre acima do varejo nacional, da economia e com dois dígitos. Neste primeiro semestre, contudo, o desempenho do e-commerce sentiu a insistência da crise econômica e da queda do consumo e apresentou, pela primeira vez na história, um crescimento de apenas um dígito: de 5,2% em valores nominais, segundo dados do relatório do Ebit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico.
Nos primeiros seis meses deste ano, a inflação do e-commerce ficou acumulada em 2,83%, segundo dados do índice Fipe/Buscapé. Dessa forma, o segmento apresentou um crescimento real de 2,37% de janeiro a junho. Com isso, as vendas pela internet alcançaram um faturamento de R$ 19,6 bilhões no período.
O que tem diminuído o ritmo do setor é a frequência de compra e, por consequência, o volume. “Mais pessoas estão comprando, mas com uma frequência menor”, afirma Pedro Guasti, CEO da Ebit. De fato, pela primeira vez na história, o volume de vendas apresentou queda, de 1,8% no período.
O que segurou o resultado minimamente positivo foi o ticket médio, que apresentou aumento de 7% e ficou em R$ 403,46 no semestre. Segundo Guasti, diferente de outros segmentos do varejo convencional, o e-commerce demorou para repassar os preços que vieram mais inflacionados dos fornecedores.
Ainda assim, o preço na intenet é, em média, 15% menor que o registrado no varejo físico. “A partir de agora, verificamos uma aceleração no repasse de preços”, diz Guasti.
Para Guasti, a mudança no quadro político pode amenizar os resultados do setor para este ano. “Já vemos mudanças na confiança do empresário, que pode nos trazer um alento no segundo semestre. Apesar do consumo fraco, já estamos em uma curva de inflexão”, afirma.
Dentre as categorias com maior destaque em participação no total das vendas, o de eletroeletrônicos e eletroportáteis seguem como destaque, mesmo com a queda de 4% no volume de pedidos, com 24% do total.
A categoria de telefonia e celulares representou 20% do total e é a que apresenta maior crescimento, apesar da crise. A categoria cresceu 19% no primeiro semestre, em relação a 2015, fortalecida principalmente pelo aumento do preço médio gasto pelos consumidores, já que, em volume de pedidos, foi registrada queda de 16% em relação ao primeiro semestre de 2015.
Outro destaque é a categoria de Acessórios Automotivos, que atingiu 3% de participação no faturamento do comércio eletrônico brasileiro, com crescimento de 75% se comparado com o ano anterior. Dentro dessa categoria, destaque para os pneus.
Fonte: Portal NOVAREJO
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