Unidade fabril da Paquetá deve fechar por falta de mão de obra

A Paquetá não vai mais produzir em sua unidade de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul. Em fax, enviado à prefeitura, foi comunicado o fim das atividades no próximo dia 31. Como alegação para o fechamento da filial em Morro Tico-Tico está a dificuldade de contratação de mão de obra no município, obrigando a empresa a buscar 80% da força de trabalho em cidades vizinhas, o que tornou os custos de produção elevados.

A fábrica opera com cerca de 460 trabalhadores, que produzem em torno de 2 mil pares/dia. A prefeitura já sinalizou que vai revisar o convênio de incentivo de R$ 10 mil por mês para pagamento de aluguel do prédio onde a empresa se instalou. A Paquetá opera nos pavilhões onde funcionava a Calçados Reichert, desativada em julho de 2007. A diretoria não foi localizada para falar do assunto.

De acordo com o prefeito em exercício, Vasco Brandt (PMDB), o impacto será financeiro, já que apenas 20% dos funcionários são residentes em Bom Princípio e poderão ser absorvidos por outras empresas. “A Paquetá representou faturamento de cerca de R$ 24 milhões no cálculo do coeficiente para o retorno do valor adicionado de ICMS no ano passado. Ou seja, calcula-se perdas em torno de 20% do somatório do valor adicionado pela indústria e comércio”, disse ele.