Obi Anyanwu
2 de mar. de 2017
Nos Estados Unidos a realidade virtual seduz, os 'chatbots' menos
Obi Anyanwu
2 de mar. de 2017
Nos Estados Unidos, Nordstrom, American Eagle e várias outras marcas recorreram a agentes conversacionais (ou chatbots) durante a temporada de festas de fim de ano. Esses robôs têm por missão entrar em contato com os consumidores via smartphone, depois aconselhá-los nas suas buscas por presentes.
Os agentes conversacionais constituem um dos últimos avanços tecnológicos que buscam reforçar a experiência de compra em loja. Mas todas as inovações não atingem seu alvo..
A GPShopper, cujo primeiro objetivo é propor aplicativos móveis para as marcas, acaba de publicar seu último estudo, 'Reality of Retail Tec', dizendo respeito aos avanços tecnológicos no comércio varejista.
Segundo este relatório, os consumidores americanos apreciam as funções de pagamento em autosserviço e a realidade virtual, mas seguem cautelosos em relação aos agentes conversacionais, assim como aos espelhos e monitores inteligentes.
O pagamento em sistema self-service e a realidade virtual obtiveram pontuações respectivas de 71% e 68% na escala de reconhecimento dos consumidores, ao passo que os assistentes virtuais, os agentes conversacionais, os espelhos inteligentes e os monitores inteligentes obtiveram pontuações respectivas de apenas 35 %, 19 %, 10 % e 7 %.
Segundo o estudo, 59% dos consumidores não desejam utilizar agentes conversacionais durante suas compras. Apenas 9% dos consumidores estimam que esses últimos podem influenciar positivamente sua experiência de compra e 21% pensam da mesma forma para os assistentes virtuais como Amazon Echo e Google Home.
As pessoas questionadas se mostraram interessadas na realidade virtual ou aumentaram seu uso como meio de melhorar sua experiência de compra. Cerca de 46% dos consumidores desejam assim utilizar a realidade virtual para provar vestuários ou acessórios sem ter de ir a uma loja e 58% desejam utilizar a realidade aumentada para provar alguns artigos em diferentes cores antes de comprar ou para ver como eles se integram em sua casa.
Por outro lado, 24% das pessoas questionadas querem utilizar a realidade virtual a fim de não ter mais de ir a uma loja. Enfim, cerca da metade das pessoas questionadas querem saber onde os produtos são fabricados e utilizar a realidade virtual para ver como esses últimos são fabricados.
"Os desenvolvimentos técnicos criam um espaço para tecnologias avançadas como a realidade virtual e os agentes conversacionais, que se integram à experiência de compra via smartphone. No entanto, os comerciantes têm tantas técnicas diferentes à sua disposição que temos a impressão que as pessoas passam seu tempo a lançar ideias para ver aquelas que funcionam", segundo Maya Mikhailov, cofundadora da GPShopper junto com Alex Muller.
"Nós fizemos este estudo a fim de adquirir um conhecimento aprofundado da opinião e da sensibilidade dos clientes em relação a essas técnicas e de compará-los com o que propõem hoje as marcas".
Face à concorrência do comércio on-line, os comerciantes estão em busca de novas abordagens para atrair o tráfego às lojas.
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