19 de dez. de 2016
Nike e Adidas trazem novo sentido às lojas conceito
19 de dez. de 2016
Nike e a Adidas são duas marcas reconhecidas por sua atuação no mundo dos esportes. As marcas também são famosas por venderem mais do que produtos, experiências aos seus usuários. Em suas novas lojas, inauguradas no final de 2016, esse conceito foi levado muito a sério.
Nike
A Nike inaugurou em novembro um espaço de aproximadamente 5 mil metros quadrados no bairro do SoHo, em Nova York. O espaço é cheio de grandes telas digitais que os consumidores podem usar para conhecer melhor os produtos e eventos da loja. Itens customizados poderão ser entregues no mesmo dia em suas casas (ou hotéis, o que dá uma enorme vantagem para o turista). Até mesmo os provadores são diferentes: as luzes podem se adaptar para simular ambientes (uma sala de ginástica ou um cenário para corrida noturna, por exemplo).
A loja conta ainda com espaços para prática de esportes, a fim de testar os produtos. Os corredores podem “brincar” em uma esteira cercada por duas câmeras e uma tela que mostra imagens do Central Park. O “brinquedo” captura, então, os dados da corrida e indica qual seria o melhor tênis para a prática. Há ainda um minicampo de futebol e meia quadra de basquete.
A Nike vai ainda mais a fundo. A ideia é testar novas experiências em cidades grandes, mas não da mesma forma. Basquete e corrida são dois esportes importantes em Nova York. Esta loja reflete exatamente isso. “Com esta loja, podemos cumprir a promessa de performance personalizada. Com imersiva tecnologia digital e experimentos indoor, esta loja pretende elevar o potencial de cada atleta. Ela é mais do que uma loja, é uma experiência esportiva personalizada”, diz Heidi O’Neil, presidente global de relações com consumidores da Nike.
Adidas
A loja da Adidas, um espaço de 4 mil metros quadrados na 5ª Avenida (uma das mais famosas de Nova York) inaugurada no começo de dezembro com a presença de muitas celebridades do esporte, simula um estádio de futebol, pelo mens na entrada e nos “vestiários” colocados no lugar de provadores. Há espaços para assistir jogos ao vivo. E também a possibilidade de customização, claro, além de áreas onde os clientes podem testar os produtos. Os consumidores também contam com espaços para snacks saudáveis e podem tentar ainda uma consultoria em tempo real sobre esportes.
“Se a loja tivesse quatro andares recheados somente com produtos, as pessoas não iriam querer voltar. O desafio é que quando o cliente voltar em três meses, as coisas precisam ser diferentes”, declarou à Fortune Mark King o presidente da Adidas América do Norte. A loja é, portanto, diferente. O primeiro andar pode mudar para receber eventos, por exemplo.
Valorizando bastante a questão da sustentabilidade, a loja da 5ª Avenida aproveitou grande parte da construção existente anteriormente e tem alguns detalhes, como os manequins, elaborados em plástico reciclado (retirados dos oceanos).
Lojas próprias e volume de vendas
De acordo com artigo da Fortune, os planos dos executivos da Adidas incluem seis cidades globais onde a empresa irá investir em experiências no varejo. A ideia é que isso vire tendência e a loja de Nova York tem importante papel para isso, já que é um lugar que lança tendências.
A Adidas também planeja controlar 60% do espaço de varejo global da marca até 2020. Hoje, esta marca atinge 30%. Construir novas lojas, até mesmo este modelo que oferece experiências, ajudará a atingir este número. Controlar o espaço de varejo, segundo King, aumenta as vendas.
No caso da Nike, a loja do SoHo faz parte de um plano mais amplo para impulsionar a receita de vendas diretas para o consumidor para US$ 16 bilhões até o final de 2020. Os investimentos em vendas diretas são massivos porque, quando se trata de lojas de departamento ou mesmo as lojas especializadas em artigos esportivos, as vendas caíram bastante.
Fonte: Portal NOVAREJO
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