NYFW: Tommy Hilfiger consagra um novo ciclo para a moda

Cenas inspiradas no litoral caribenho, combos, nos campos de futebol e montanhas de gelo artificiais: todas inspirações já exploradas pela Tommy Hilfiger em suas apresentações. Mas foi a atitude de dar um passo atrás na estética das passarelas que colocou a grife mais à frente no quesito tendências de mercado esta semana, durante sua apresentação no New York Fashion Week.

Diferente dos demais nomes do line-up, que exibiram interpretações para o verão 2017, Tommy Hilfiger conferiu ao desfile outro nível de audácia: apostou na primeira grande apresentação dentro do formato do 'See now, buy now'.
 
Com o desfile de peças dedicadas ao inverno de 2018, a grife consagrou como realidade as mudanças no modelo de negócios que tem alterado o fluxo e as estratégias do ciclo da moda. Além do novo conceito de 'fashion business', Hilfiger também foi direcional ao eleger Gigi Hadid como sua celebridade influência.

Na colaboração com a modelo, Hilfiger garantiu a atenção de um público equivalente ao triplo da população de Nova York, fãs e seguidores próximos de Gigi nas redes sociais. Além de uma nova visão de marketing, a atitude de recuo nas temporadas, adotada por uma das maiores grifes do mercado denim global, sinalizou a importância da conexão do tempo do marketing com a logística de consumo nas marcas de moda.

 
O inverno que Hilfiger colocou nas passarelas foi uma mistura de estações: maiôs de praia dialogando com tricôs, jeans e couro. O denim apareceu tanto no seu visual mais comercial, rasgadinho e essencial, como conferindo ao 'navy' cortes precisos de alfaiataria.
 
O mix incluiu a pantalona do marinheiro no sortimento de pantacourts, o black rasgadinho, e frisou bastante o abotoamento do estilo marítimo. Além do shortinho de verão e do mom jeans, Hilfiger destacou listras gráficas retorcidas, malhas colegiais, couro e transparências étnicas.