Juliana López, a modelo colombiana que poderia ser condenada à morte na China

Medellín (Notimérica/Colprensa) – A modelo e Miss Colômbia Juliana López Sarrazola pode ser condenada à morte ou sentenciada à prisão perpétua por acusações de tráfico de drogas impostas pelo governo chinês.
 
Atualmente, ela está detida no país, enquanto o governo colombiano tenta reverter a sua situação.

No passado 18 de julho, Juliana, de apenas 22 anos, foi detida no Aeroporto Internacional de Baiyun (Província de Cantão, China), por levar "alucinógenos no interior do seu computador portátil", segundo notificou o Escritório Anticontrabando de Entorpecentes de Guangzhou ao consulado colombiano local, quatro dias depois da detenção.
 
A integrante da equipe 'Las Divas' de Medellín iniciou sua viagem à China há várias semanas com fins comerciais, que não tinham relação com sua carreira de desportista, nem de modelo, segundo aponta o diário Mundo Esportivo.

Vários meios locais apontaram que, na realidade, Juliana poderia ter levado cocaína, questão que agravaria sua situação e que é castigada na China com a pena de morte ou a cadeia perpétua.
 
Desde o momento da sua detenção, sua família tentou entrar em contato com ela, sem sucesso. Segundo aponta 'Notícias RCN', esta era a segunda vez que Juliana ia à China para comprar mercadorias que vendia na Colômbia em seguida.
 
O tio da jogadora, David Muñoz, apontou à emissora LAFM que, após muitas inquisições ao consulado, descobriram quais eram as acusações que levaram Juliana a ser detida. "Não pudemos falar com a menina (...) também desconhecemos como a droga pôde chegar à sua mala", afirmou o tio à rádio.
 
Também apontou que o ex-namorado da manequim, Juan Marín, foi detido dois dias depois que Juliana, também na China, por acusações similares; embora Muñoz tenha afirmado que não existe relação entre os casos e que se encontra à espera de poder viajar ao país junto a outro familiar.
 
Da sua parte, o treinador de 'Las Divas', Alejandro Duque, declarou que "há muitas especulações em redes sociais de que ela foi condenada à morte, mas isso é mentira porque é impossível que a condenem imediatamente".
 
Possível repatriação
 
O presidente do Senado, Luis Fernando Velasco, afirmou que parlamentares tentarão incluir Juliana numa repatriação coletiva de colombianos condenados na China. "A ideia é incluí-la, o governo chinês colocará alguns limites, mas devemos trabalhar nessa matéria para concretizar o acordo", afirmou o congressista à LAFM.
 
Velasco sustentou que não será fácil sua repatriação, pois se deve respeitar a legislação deste país. "É um tema profundamente difícil, os colombianos devem entender a legislação de outros países e é preciso ser muito cuidadoso quando se viaja", afirmou.
 
"Eu espero terminar essas tarefas e na próxima semana me reunirei com o embaixador da China e um integrante do gabinete do país. Ali falaremos desse acordo que está formulado para repatriar condenados", concluiu.