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Terra
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Publicado em
5 de out. de 2009
5 de out. de 2009
Jovens marcas brasileiras expõem em Paris
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5 de out. de 2009
5 de out. de 2009
Lolitta Zurita tem 21 anos e começou a fazer roupas e objetos de malha aos 13, que eram confeccionados na malharia de sua mãe Rosana Zurita. Parou aos 16 e retornou aos 19.
A dupla Guilherme Vieira e Bernardo Soares abriu sua confecção de moda praia sofisticada, Clube Bossa, há três anos e meio. A mineira Gig nasceu em 2004, e Cecília Prado faz suas malhas no tradicional polo de Jacutinga, sul de Minas. Os nomes não são tão conhecidos, ainda, do grande público, como outras marcas brasileiras famosas, mas fazem parte da Abest (Associação Brasileira de Estilistas) e estão em Paris participando de alguns dos principais salões de moda que acontecem junto com os desfiles prêt-a-porter.
Lolitta Zurita é uma das estilistas que estão com peças expostas pela Abest - Rosângela Espinossi/Especial para Terra |
Com contatos com compradores de Dubai, Rússia, Arábia Saudita, Estados Unidos, Japão, França, só para citar alguns, as marcas mostram o "Made In Brazil", junto com outras mais conhecidas, como Andrea Degreas, Rosa Chá, Alessa, no na feira realizada o Hotel Westin, ao lado do Jardim das Tulherias. Algumas delas saem de Paris (a feira termina nesta segunda) e vão para eventos em Dubai.
Quando se entra no espaço reservado pela Abest, presidida por Amir Slama, percebe-se o perfume brasileiro. As cores são vibrantes e nota-se um toque artesanal em algumas peças. "Percebemos que, para esta edição, os compradores japoneses e americanos estão voltando. A presença deles foi pequena nas duas últimas edições por causa da crise", disse Maria Luiza Mitidieiro, gerente de eventos internacionais da Abest, que promove 13 a cada ano. Os associados da entidade exportam atualmente para 48 países; o objetivo é chegar a 90 em 2010.
No primeiro dia, o espaço brasileiro recebeu 130 compradores em potencial. "Os contratos, porém, são fechados posteriormente", afirmou Maria Luiza. A grife Lolitta, que leva o nome próprio da dona, já fechou um com a Arábia Saudita e está "encaminhada" com Dubai, Líbano e França. "Faço roupas que gostaria de usar", afirmou a própria Lolitta, que cursa o último ano de Administração e já tem clientes no México e na Bélgica.
A grife recomeçou, segundo ela, por insistência de amigas. No começo, tinha cinco clientes, hoje vende em 40 multimarcas do país. "Trabalho e faço as experimentações dos pontos que quero na malharia da família." A coleção verão 2010, inspirada no Taiti, traz peças com desenhos geométricos coloridos e muito vestido bandagem, aquele de faixas elástica que se ajustam ao corpo, criado nos anos 1980 por Hervé Léger.
Um rico e sofisticado trabalho de malharia são a marca também das mineira Gig e Cecília Prado. E sofisticação marca a coleção do Clube Bossa, cuja ferragem de cada peça é banhada em ouro 18 e praticamente tudo feito à mão, como os drapeados dos maiôs. Do nude aos tons mais quentes, a coleção tem agradado também compradores do Oriente Médio e Rússia. "Faço um trabalho autoral", afirmou o estilista Guilherme Vieira, que é sócio de Bernardo Soares. É uma coleção chamada "cruisewear", ou seja, não é para ser usada apenas na praia, pois as túnicas, vestidos e maiôs funcionam com roupas de sair.
Iabela Capeto, Osklen, Carlos Miele, Uma e Coven participam da feira Tranoi, que ocorre no Carrossel do Louvre, também pela Abest. As grifes de acessórios Madame K, Sylvie Quartara e Cavage participam da Première Classe, com apoio da Abicalçados. Serpui Marie e Lenny também expõem em Paris.
Rosângela Espinossi
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