Isabel Pimentel
12 de nov. de 2018
Inflação na produção de roupas achata receita do varejo de moda
Isabel Pimentel
12 de nov. de 2018
O varejo de moda deve registrar, ao final deste ano, crescimento de 2,7% em vendas sobre 2017, somando um total de R$ 226 bilhões acumulados no ano inteiro. As vendas também devem crescer 1,5% em relação ao ano passado, com a comercialização de 6,3 bilhões de peças. Os dados são do IEMI – Inteligência de Mercado.
Nos últimos três anos (2015 – 2017), houve uma redução total no número de peças vendidas em 3,9%. Mesmo com essa redução, o aumento no preço médio das peças vendidas possibilitou crescimento do faturamento, ainda que discreto. No período avaliado, a inflação de vestuários no varejo foi de 17%.
Apesar do aumento no preço das peças que o varejo tem praticado desde 2015, o setor engole parte da inflação da indústria. O preço médio das peças praticado pela indústria aumentou 26% nos últimos três anos, o que indica a diferença de 9 pontos percentuais entre o aumento do preço para o varejista na comparação com o aumento repassado ao consumidor, com prejuízo aos comerciantes.
2019
O IEMI vê cenário positivo para 2019. As estimativas preliminares apontam que o segmento de vestuário deverá apresentar crescimento de 2,6% em volumes e 4,2% em valores nominais no ano que vem.
Canais
Segundo a pesquisa, existiam 149,1 mil pontos de venda de vestuários em todo o País ao final de 2017. As lojas de departamento especializadas em roupas (Renner, Riachuelo, C&A etc.) correspondem a 31,4% do total do faturamento do segmento de moda no País. Em seguida, as lojas independentes, com 27,6%.
As redes de pequenas lojas correspondem a 26,6% de participação no total de vendas no varejo de moda. As lojas de departamento não especializadas (como Americanas) respondem por 8,8%. Hipermercados têm 5,6% do faturamento do setor.
Segmentações
A linha casual de vestuários é a mais representativa no varejo de moda, ela corresponde a 45,2% das peças vendidas e 52,9% do faturamento. A segunda linha em volume de peças é a íntima/dormir com 13,8% das peças comercializadas. Já em valores movimentados no varejo, a segunda colocação fica para a linha de moda esportiva com 12%.
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