Publicado em
28 de fev. de 2011
28 de fev. de 2011
Indústria têxtil portuguesa: crescimento deve se manter em 2011
Publicado em
28 de fev. de 2011
28 de fev. de 2011
Depois de registarem forte crescimento em 2010, em alguns casos de 30%, as principais empresas nacionais de têxteis-lar antecipam um 2011 com progressos semelhantes, apesar das dificuldades impostas pelo aumento das matérias-primas e pela situação econômica nacional.
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As empresas de têxteis-lar nacionais estão otimistas para 2011. Após subidas surpreendentes em 2010, as expectativas para o corrente ano são de crescimento, apesar da escalada dos preços das matérias-primas, nomeadamente do algodão, cujo preço da fibra mais do que duplicou no último ano.
Na Mundotêxtil, o crescimento foi de 5% em 2010, para um volume de negócios de 36,8 milhões de euros. A empresa, uma das maiores produtoras nacionais de felpos, com 450 toneladas mensais, um efetivo de 560 pessoas e uma quota de exportação de 97%, antecipa resultados igualmente positivos em 2011. «Para este ano temos projetado um crescimento semelhante ao do ano passado, entre os 4,5% e os 5%, e acredito que vamos conseguir atingir esse objetivo», afirma Rogério Matos, administrador da empresa.
Também na Coelima, cujo volume de negócios atingiu os 35 milhões de euros em 2010, as perspectivas são animadoras, embora não sem algumas reservas. «Em termos de volume de vendas crescemos, em relação a 2009, cerca de 12%. O desafio para 2011 é as margens», revela Jorge Seabra, administrador da empresa de Guimarães.
Na área de têxteis-lar do grupo Lasa, o crescimento atingiu os 17%, para os 20,5 milhões de euros. «Tínhamos registado uma quebra muito grande no ano passado. Estes valores aproximam-se dos melhores resultados dos últimos cinco anos», explica o director-geral da empresa, João Costa, que espera manter um crescimento de dois dígitos para 2011.
Na J.F. Almeida, o crescimento foi ainda mais notável: 30%. «Tivemos um 2010 excelente», sublinha o administrador da empresa, Joaquim Almeida. Com 380 funcionários, a especialista em felpos atingiu um volume de negócios de 22,3 milhões de euros em 2010.
Estas quatro empresas de têxteis-lar, conjuntamente com mais 52, estiveram presentes na última edição da Heimtextil, a maior feira mundial de têxteis-lar. Nesta edição, a feira contou com um Fórum de Tendências – The Portuguese Home Tex’Style – organizado pela Associação Selectiva Moda (ASM) com os artigos de 26 produtores nacionais.
É, aliás, essa imagem de inovação, qualidade e design que tem permitido a este setor continuar o rescimento. De Janeiro a Outubro de 2010, segundo os dados da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, as exportações portuguesas de têxteis-lar aumentaram 6,6% em valor, para um total superior a 360 milhões de euros.
Os têxteis-lar são, de resto, uma das fortes apostas da Associação Selectiva Moda no seu projeto de internacionalização para 2011, que contabiliza 61 ações em 26 mercados distintos, num investimento total de 7,43 milhões de euros, financiados pelo QREN. Neste primeiro semestre, a ASM tem programado outras ações direcionadas para os têxteis-lar, entre as quais se destaca a feira Interior Lifestyle Tokyo, no Japão, que vai contar com uma delegação de empresas portuguesas apoiadas pela associação.
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