Hermès: zoom no crescimento do segundo trimestre
Com um faturamento de 1,45 bilhão de euros registrado entre abril e junho de 2018, um aumento de 7,2% (+ 11,6% à taxas de câmbio constante) em relação ao mesmo período do ano anterior, a Hermès se beneficiou um segundo trimestre "muito forte", com "uma aceleração do crescimento" em relação ao primeiro trimestre, graças à "contribuição harmoniosa de todas as regiões" e à "continuação de sua bela dinâmica".
Uma dinâmica trimestral muito positiva foi registrada na Ásia, que representa quase metade das vendas da maison de luxo, com 703 milhões de euros, um crescimento orgânico de 11,6%. A Europa também teve um bom desempenho (469 milhões de euros), e acelerou particularmente o ritmo no segundo trimestre (+ 8,9% em relação ao trimestre anterior). Como comparação, a evolução à taxas de câmbio constante no primeiro trimestre foi de + 14% na Ásia e + 6,5% na Europa.
No primeiro semestre de 2018, a Hermès informou em um comunicado que observou uma "mudança desfavorável nas taxas de câmbio", o que "representou um impacto negativo de 165 milhões de euros em vendas". O impacto foi sentido particularmente na Ásia, como mostrou o crescimento de 6,4% à taxas de câmbio atuais entre abril e junho de 2018, contra 11,6% à taxas de câmbio constantes.
Nesta região, as vendas no Japão mantiveram-se estáveis em uma base reportada, enquanto estiveram em baixa no primeiro trimestre (-2,2%). À taxas de câmbio comparáveis, elas aumentaram 6,1%. Assim, ao longo do semestre, o país "confirmou seu crescimento robusto sem efeito de preço (+ 6,8%)", afirmou o grupo, famoso por seus lenços de seda e bolsas icônicas.
Na região da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, a Hermès "continuou seu desempenho notável, com uma dinâmica favorável na China continental e na região como um todo", com um crescimento à taxas de câmbio constantes de 14,9% no primeiro semestre, e de 13,4% no segundo trimestre, indicou a marca, que se beneficiou da abertura de uma loja de 850 metros quadrados e três andares no coração do centro comercial de Landmark Prince's de Hong Kong, em janeiro, e de outra em Changsha, em maio.
Durante uma teleconferência com analistas, Axel Dumas, gestor da Hermès, também anunciou que o grupo baixou seus preços em 4% na China no início de julho, após a decisão do governo de reduzir suas tarifas alfandegárias. Ainda na China, a marca francesa continua colhendo o crescimento de dois dígitos, apesar da desaceleração econômica e do declínio da Bolsa de Xangai. "Eu realmente não vejo nenhuma mudança de ritmo na China", assegurou o gestor.
Paralelamente, as vendas na Europa aceleraram. No segundo trimestre, o crescimento na Europa, excluindo a França, foi de 6,1%, conforme reportado, e de 8,2%, à taxas de câmbio constante, em comparação com 4,4% e 6,5%, respectivamente, no primeiro trimestre. A França, em particular, viu suas vendas saltarem 9,9% entre abril e junho, enquanto aumentaram apenas 6,4% entre janeiro e março.
"A Europa, excluindo a França (+ 7%) e a França (+ 8%), apresentaram um bom desempenho apesar do fortalecimento do euro". Três aberturas de lojas explicam parcialmente essa melhoria. As de Mônaco e Nice, que reabriram em junho, e a terceira loja de Istambul, localizada na Praça Emaar, inaugurada em maio.
O lançamento do novo site hermes.com na Europa no final de março também contribuiu para essa aceleração no segundo trimestre. A marca não divulgou os números de suas vendas online, mas destacou o sucesso da implantação desta nova plataforma.
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