Giorgio Armani diz que sua marca permanecerá independente

A marca italiana de moda Armani permanecerá independente, afirmou seu fundador e designer, Giorgio Armani, em uma entrevista publicada no site de negócios Milano Finanza, na sexta-feira (19).

"Sempre acreditei que a independência econômica é o princípio fundamental para se trabalhar em plena liberdade", disse Armani.

O estilista italiano de 84 anos de idade disse que recebeu muitos pedidos para vender a sua companhia, "mas a resposta ainda é a mesma".

Muitas marcas de luxo italianas foram vendidas para grupos estrangeiros nas últimas duas décadas, incluindo a Gucci e a Fendi. A última é a Versace, que foi vendida para o grupo norte-americano Michael Kors em setembro.

Giorgio Armani reconheceu que essas vendas podem ferir o orgulho nacional, mas acrescentou que elas são um sinal de mudança dos tempos e de globalização.

"Para essas marcas, o espírito é italiano e, se isso for mantido intacto, os grupos internacionais são úteis", disse Armani.

A Armani, o segundo maior grupo de luxo da Itália, atrás da Prada, criou uma fundação em 2016 que tornará difícil para qualquer entidade externa obter o controle da empresa ou desmantelá-la. Giorgio Armani planeja liderar a fundação até sua morte.

Em 2017, a empresa gerou vendas de 2,3 bilhões de euros.