Jornal T
20 de fev. de 2017
Futuro lento e tribos globais vão marcar a moda para 2018
Jornal T
20 de fev. de 2017
Depois da subjugação às novas tecnologias e da temporada reset, o futuro da moda vai passar por uma espécie de regresso ao passado, com a valorização da memória, das coisas antigas e da relação com a natureza. É essa, pelo menos, a previsão que foi apresentada no salão português Modtissimo, que ocorreu na última semana na cidade do Porto, pela WGSM (World’s Global Style Netwwork), numa conferência realizada em colaboração com o Departamento de Moda e Design do Citeve.
Os especialistas da empresa que é líder mundial na previsão de tendências de moda constatam que a sociedade começa a repensar a atitude consumista e a valorizar as tradições e os produtos com ligação à natureza. Depois de um estilo de vida onde tudo está à distância de um click, sem necessidade de recorrer à memória – daí a designação de temporada reset -, a tendência será de ligação à natureza, à memória e experiências passadas.
É a tendência Slow Futures, um futuro lento que a WGSM caracteriza como tendência de moda que olha para o passado e privilegia os costumes e o estilo de vida de gerações anteriores. A empresa prevê mesmo que venha a existir um novo perfil de profissional, os Memory Officers, que serão contratados para trazer às empresas o conhecimento histórico e valor de arquivo.
Mais que as marcas globais, o prognóstico aponta para que as pessoas se identifiquem por grupos ou clubes de companheirismo globais. Uma mistura de fronteiras, com comunidades globais dentro da diversidade global. Como exemplo é apontado o aparecimento recente de clubes de motoqueiras. Uma cultura menos selfie e mais global, que fará com que as pessoas não sigam as marcas mas os valores de grupo.
O produto desliga-se da marca e associa-se ao consumidor, que o personaliza e co-cria em muitos casos. As peças do vestuário vão incorporar materiais caseiros e de fontes locais, com forte ligação á natureza e espírito de reutilização. É um movimento de resgate da essência, fazendo com que o menos se torne ainda menos para que signifique muito mais.
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