Exclusivo
19 de jun. de 2013
Feira Italiana dá novo ritmo às exportações de calçados
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19 de jun. de 2013
No compasso dos novos números da exportação de calçados brasileiros, que apresentaram uma leve alta no mês de maio (18,4% em pares), as empresas participantes da Expo Riva Schuh, feira calçadista que encerra nesta terça-feira, 18, em Riva del Garda, na Itália, fecham a feira levando bons pedidos na bagagem.
A expectativa de geração de negócios em decorrência dos contatos realizados na mostra chega a ordem de US$ 17,9 milhões, tendo como destino principal países da Europa, como Rússia e França, e destaque para Países do Oriente Médio e Japão. In loco, as marcas comercializaram o equivalente a mais de US$ 1,7 milhão em calçados. Para se ter ideia do que o valor representa, durante todo o ano de 2012, os italianos importaram US$ 16 milhões em calçados verde-amarelos.
A Werner colheu os frutos da continuidade do trabalho de exportação. Para o representante de exportação da marca, Leonardo Sauter, o diferencial desta edição está na abertura de novos clientes. "Mais da metade dos contatos que fiz na feira foram novos, inclusive já com pedidos para Filipinas e Ucrânia", contou Sauter. Para ele, o sucesso da marca nesta edição da feira se deve principalmente à coleção, que agradou muito aos visitantes da feira. "Inovamos em materiais e com o trabalho em laser", explicou.
RESULTADOS – Do outro lado, participando da Expo Riva Schuh pela primeira vez, as marcas Cravo & Canela e Tabita se surpreenderam com os resultados. "Por ser uma primeira participação, vim com a expectativa baixa, mas o trabalho pré-feira compensou", disse Henrique Galhego, gerente de exportação da Tabita. Mas ele também ressalta a boa aceitação da coleção, especialmente pelos italianos, e o preço competitivo. O gerente de exportação da Cravo & Canela, John Schmidt, compartilha da mesma percepção em relação aos seus produtos. Para ele, o bom preço, a coleção certa para a Europa e a qualidade dos calçados fizeram a diferença. "A feira foi muito boa, especialmente para gerar contatos que podem se transformar em pedidos de grandes volumes", contou. A Cravo & Canela, marca do Grupo Priority, tem expectativas de alcançar US$ 3,5 milhões em negócios decorrentes da mostra.
Para Letícia Masselli, da Unidade de Eventos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a melhoria nas coleções das marcas brasileiras foi geral. "Ficou claro que as marcas investiram mais energia nas coleções desta temporada, e os resultados disso são perceptíveis no momento da venda", falou. Cristiano Körbes, coordenador de projetos da Associação, concorda. "O Brasil tem muita força nas coleções de verão. Além disso, a feira trouxe contatos de boa qualidade, o que animou as empresas", concluiu.
Andacco, Capelli Rossi, Carrano, Cecconello, Cravo & Canela, Huberto S. Müller, Klin, Madeira Brasil, Pampili, Pegada, Piccadilly, Stéphanie Classic, Tabita, Vizzano, Werner e ADG Export participaram da feira através do Brazilian Footwear, programa de promoção de exportações de calçados brasileiros, uma parceria entre Abicalçados e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
SETOR CALÇADISTA ITALIANO – E não é só o Brasil que vem sofrendo com o aumento das importações. O ano de 2012 ressaltou uma dicotomia no setor calçadista italiano: uma sensível redução do consumo no mercado interno e uma queda na Europa como um todo, contra o aumento das importações de produtos extra União Europeia. E essa tendência se confirma também no primeiro semestre de 2013.
Outra semelhança entre os países está no interesse de consumidores russos pelos produtos. Segundo Cleto Sagripanti, presidente a Assocalzaturifici – associação da indústria calçadista italiana –, a Itália aumentou em 13,8% as exportações para o país em 2012. Quanto à produção, houve uma queda de 4,4% no último ano, equivalente a um total de 198,5 milhões de pares, com valor total de 7,1 milhões de euros.
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