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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
19 de fev. de 2018
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5 Minutos
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Fashion Week de Milão prestes a começar com um programa explosivo

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
19 de fev. de 2018

Depois de Nova Iorque e Londres, é a vez de Milão ser o centro das atenções. “Esta será uma semana incrível! Em termos de desfiles, apresentações, eventos e iniciativas especiais, temos um programa muito, muito denso”, avança o presidente da Camera della Moda (CMNI), Carlo Capasa. E a julgar pelas inúmeras sobreposições de desfiles, a semana da moda dedicada às coleções femininas para o outono-inverno 2018/19, que se prepara para invadir a capital da Lombardia de 20 a 26 de fevereiro, apresenta-se como uma das mais intensas.


Versace ainda quer deslumbrar Milão com um desfile de aniversário no Palazzo Reale - © PixelFormula


Sinal desta particular efervescência, a antecipação da Fashion Week, que começa na terça-feira, em vez de quarta-feira, como é habitual, com o projeto “Genius Building”, da Moncler. A marca de casacos estava até agora presente nas passarelas com as suas linhas premium Gamme Bleu e Gamme Rouge, que desfilavam em Milão e Paris, respectivamente. Mas, em novembro passado, a empresa mudou totalmente a abordagem criativa com a constituição de um dream team composto por oito designers muito diferentes, cujo trabalho será revelado no final do dia 20 de fevereiro.
 
Sexta-feira, 23 de fevereiro, será a vez da Versace iluminar o dia com o seu duplo aniversário: o 40º aniversário da marca, já que Gianni Versace apresentou a sua primeira coleção em 1978, e os 20 anos de direção criativa da sua irmã, Donatella. Para a ocasião, a marca vai desfilar em pleno centro histórico de Milão, no prestigiado Palazzo Reale.

Mas, há outros aniversários animando a semana. A começar pelos 60 anos da Câmara da Moda italiana, que celebrará a data com a importante exposição “Italiana. L’Italia vista dalla moda 1971-2001“, que conta três décadas da história italiana vistas através da moda. Para os seus 50 anos, a Etro programou um desfile especial na sexta-feira, enquanto no dia seguinte, no sábado, Mila Schön organizará, além do seu desfile, uma grande festa para celebrar os seus 60 anos.
 
Outro momento muito antecipado é o mega espetáculo da Tommy Hilfiger, agendado para domingo (25 de fevereiro) ao final da tarde. Depois de Londres, Los Angeles e Nova Iorque, o designer norte-americano apresenta em Milão a quarta parte da colaboração Tommy x Gigi, com a modelo Gigi Hadid. Segundo os rumores, foram convidadas cerca de 5 mil pessoas para este evento.
 
No total, a semana da moda da Lombardia conta com 155 coleções e 64 desfiles oficiais (61 sem contar com os desfiles duplos), contra 159 coleções e 63 desfiles oficiais em setembro passado (61 sem contar com os desfiles duplos). A estes números somam-se 91 apresentações e 28 eventos, além dos espetáculos programados na seção de eventos, como o de Vien. Sem esquecer os inúmeros desfiles fora do calendário, entre os quais o da Dolce & Gabbana, no domingo 25, da Roccobarocco, John Richmond, Elisabetta Franchi ou o ainda o desfile dos chineses Foor e Xuebao no âmbito do projeto Fashion Haining, orientado para o setor chinês de peles e couro.
 
Face ao aumento de pedidos, a organização teve bastante dificuldade em satisfazer todos, sem mencionar as mudanças de última hora, tal como a da Prada, que passou das 18h para as 20h de 22 de fevereiro para organizar melhor o seu desfile, que nesta temporada é transferido da sua habitual localização, na sua sede, para o armazém da sua fundação, no extremo oposto da cidade… Além disso, a Moschino, que estava prevista para essa mesma quinta-feira à noite, às 20h, antecipou-se para quarta-feira à tarde, desencadeando uma série de mudanças em cascata. 


Christian Pellizzari entra no calendário feminino de Milão - © PixelFormula


Por estas e outras razões, oito nomes já não aparecem no calendário desta temporada: Grinko, que desfila em off na quinta-feira; Francesco Scognamiglio, que preferiu Roma a Milão para festejar os 20 anos da sua marca durante a semana couture AltaRoma; Bottega Veneta, que escolheu Nova Iorque para apresentar a sua coleção por ocasião da inauguração na Big Apple da sua maior loja em todo o mundo; Fausto Puglisi, que desta vez optou por uma apresentação. Mas também Byblos e Aquilano.Rimondi, bem como a marca coreana The-Sirius e a milanesa Ssheena, a marca fundada por Sabrina Mandelli, que se estrearam as duas nas passarelas em setembro passado.

Estas oito ausências são compensadas por oito novos nomes ou regressos. A começar pela Emporio Armani, que volta a integrar o calendário após ter partido para Londres em setembro para celebrar a sua renovada loja em Mayfair. Também está de volta a Emilio Pucci, que na temporada passada optou pelo formato apresentação após a saída do seu diretor criativo, Massimo Giorgetti, enquanto a Philosophy regressa depois de ter desfilado em off.
 
Entre os novos nomes, além da Moncler e da Tommy Hilfiger, três novas marcas são acrescentadas ao calendário oficial da Milano Moda Donna. A estilista Francesca Liberatore, que até agora desfilava em Nova Iorque. Erika Cavallini, fundada em 2009 pela estilista homónima, que classifica a sua marca como “semi-couture”. Esta última, que conta com uma loja no quadrilátero de luxo de Milão, desfila fora do calendário desde fevereiro de 2015. Em 22 de fevereiro dará os primeiros passos na arena dos grandes.
 
Finalmente, o trintão Christian Pellizzari, embora não se trate propriamente de uma estreia, visto que já desfila há três anos em Milão na Fashion Week masculina, onde de há algumas temporadas para cá também apresenta a sua coleção feminina. Este designer, oriundo de Treviso, lançou a sua marca de moda masculina em 2011, que complementou dois anos mais tarde com uma linha feminina. Pellizzari deus os seus primeiros passos nas passarelas em junho de 2014, convidado por Giorgio Armani para desfilar no seu teatro. Agora posicionado na semana feminina, desfila na quinta-feira com um desfile misto.

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