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Terra
Publicado em
10 de fev. de 2010
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8 Minutos
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Fama, sexo e anorexia: o mundo das modelos exposto em livro

Por
Terra
Publicado em
10 de fev. de 2010

Melody "Mac" Croft trabalhava como garçonete em Nova Jersey quando foi descoberta por um fotógrafo. E, indo para Nova York, tornou-se uma das modelos mais cobiçadas pelas revistas e desfiles por todo o mundo. Nessa jornada se deparou com fotógrafos tarados, agentes rigorosas e impessoais, modelos concorrentes e um mundo onde fortuna e autodestruição andam lado a lado.


Ex top-model Carol Alt escreve livro sobre a sua época de modelo


Melody não existe e é a personagem principal de A Modelo do Ano, lançado recentemente pelo selo Galera Record. A autora, porém, é a ex-top model e atriz Carol Alt, que conhece muito do universo da moda. Durante sua carreira iniciada na década de 80, Carol estampou capas de mais de 500 revistas famosas como Harper's Bazaar e Sports Illustrated, sendo chamada pela Life de "The Face" (o rosto).

A fama a levou a participar de diversos filmes na Itália e nos Estados Unidos, e
também figurou no programa de TV de Donald Trump, O Aprendiz: Celebridades. E foi por telefone que Carol contou o que a levou a expor a glamourosa vida das modelos no que está sendo chamado de O Diabo Veste Prada dessa indústria.

Terra: Obviamente Mac Croft foi baseada em sua própria experiência. O quanto de Carol tem em Melody?
Carol Alt: Muitas das coisas que relato no livro vieram do que passei na vida real. Na verdade a ideia surgiu quando um agente amigo me disse que o mundo das modelos mudou muito. Hoje meninas muito novas entram nesse mercado e acabam se afundando em drogas, bebidas e fazendo sexo com fotógrafos para desaparecerem em um ano. As pessoas têm que entender que essa é uma das melhores profissões para mulheres. Em qual outra é possível ganhar mais do que um homem e faturar milhões de dólares por ano antes dos 25 anos? Eu quis mostrar que se você se mantiver recatada e firme nos seus princípios pode transformar isso tudo em uma carreira consistente.

Você acha então que hoje em dia é possível ser modelo e escapar dos pecados do mercado como bebida, drogas, sexo e anorexia?
Óbvio. Não é porque você vê outras pessoas fazendo isso que precisa ser igual. E mais, quando você mantém uma postura profissional em relação a esse trabalho acaba se dando muito melhor do que aquelas que se entregam aos vícios. Vejam aquelas que costumam se drogar e beber. Elas envelhecem antes e aí a carreira está acabada.
Na minha própria história eu vi isso acontecer. Eu comecei como substituta de Gia (Gia Marie Carangi, modelo famosíssima entre os anos 70 e 80 que, pelo vício em heroína, acabou contraindo HIV e faleceu em 1986, aos 26 anos de idade). Nos ensaios ela fazia uma ou duas fotos, saía para comprar cigarros e não voltava mais. Assim, eu acabava completando o ensaio. E acho muito importante também que a família seja envolvida nisso e que as meninas levem a mãe junto para ver como as coisas acontecem.

Então, no caso do livro temos dois modelos de comportamento para ilustrar a cabeça das modelos, o bom exemplo de Mac e o mau de Jade (melhor amiga de Melody e viciada em drogas, sexo e bebidas)?
Sim. Jade é baseada em uma grande amiga minha que sempre foi louca e continua sendo. Ela optou por ter esse comportamento e gosta de ser assim. O problema é que pessoas não gostam de gente com esse tipo de atitude. Você terá que ficar com ela por horas a fio durante o dia para produzir um ensaio e não é possível aturar alguém arrogante e sem profissionalismo.

Uma das coisas que me impressionou é que no primeiro ensaio de Melody (para a Teen Vogue), ela vai sem treinamento ou aconselhamento e se dá bem. Com todos os padrões da indústria, isso é possível?
Absolutamente, foi justamente isso que aconteceu comigo. É óbvio que muita agências fazem hoje ensaios com as meninas até para montar seus books, mas no meu caso fiz uma sessão de fotos para a Harper's Bazaar italiana sem nenhuma experiência, mas todos consideraram que eu coloquei um espírito diferente nas fotos. Eu estava me divertindo muito, adorando o que fazia e isso
transpareceu a todos.

Então ser modelo vem de mais de dentro do que de um treinamento?
É um fator muito forte. Por exemplo, eu levei minha sobrinha para uma sessão de fotos para ver se conseguia colocá-la no mundo das modelos. Ela é muito parecida comigo e se vocês nos colocarem lado a a lado, podemos passar por irmãs. Você viu minhas fotos recentes? Até que eu ainda estou bonita, não é? ri E ela é muito linda. Vendo as polaróides depois, descobri que ela não levava jeito para a coisa. Seu rosto não passava nada. Meus amigos da área ainda foram muito educados comigo quando disseram que o tipo dela não estava sendo hoje procurado pelo mercado, mas eu sabia qual era o problema e não questionei nada, nem insisti mais. Ela não foi feita para esse trabalho.

Muito se discute sobre a magreza das modelos e até mesmo Anna Wintour (a toda poderosa editora da Vogue americana e inspiradora de Miranda Priestly de O Diabo Veste Prada) entrou na discussão exigindo mudanças. Você acha que isso vai acontecer?
Vai acontecer somente quando os estilistas e designers começarem a mudar seus conceitos. São eles que pedem às agências que as modelos sejam magérrimas para caberem em suas criações. Não adianta culpar as agências. Elas vão entregar aquilo que o estilista pedir. Assim como a Mac do meu livro, eu mesma sofri porque era considerada gorda demais para os trabalhos e tive que perder muito peso até aparecer na capa da Sports Illustrated. E nesse processo eu radicalizei de uma maneira que, por uma alimentação deficiente e por sempre passar fome, chegou um momento em que a maquiagem não conseguia nem se fixar em meu rosto.

No mês passado o assunto eram as modelos cheinhas em revistas de moda. É uma tentativa de se aproximar do público-alvo, não é?
Sim, porque você pode ver roupas maravilhosas na Vogue, por exemplo, e acabar pensado que fica linda em uma modelo muito magra, mas nunca ficará bonita em mim. Essa identificação do público é importante.

E mesmo as seis modelos mais bem pagas do mundo (Gisele encabeça a lista e Alessandra Ambrósio é a sexta) não são esqueléticas.
E veja as modelos da Victoria's Secret. Todas têm formas e corpos maravilhosos. Acontece que essas são top models. Quem sofre mesmo são as modelos em início de carreira, aquelas que têm que se esforçar para fazer um ensaio por dia.

O livro mostra o lado bom de ser modelo, mas tembém a parte ruim. O que é pior: a arrogância das agentes, a esquisitice dos fotógrafos, a concorrência das modelos, a falta de amizade ou o assédio sexual?
Acho que tudo na vida tem um lado brilhante e o lado negro. Acredito mesmo que o pior é a solidão. É um trabalho solitário. Você nunca tem tempo para nada e não tem pessoas para conversar e trocar. Depois que você ganha a fama, então, quando começa a viajar diariamente, essa sensação de estar sozinha aumenta. Quando fiz meu primeiro filme, estranhei muito ter que passar três meses com a mesma equipe. Quando o trabalho terminou, meu coração estava destroçado na despedida porque criei laços com as pessoas e não estava acostumado com isso.

A fama, porém compensa, não é?
Tem uma passagem no livro que mostro um lado engraçado disso, quando um homem aborda Mac nas ruas de NY e diz que ela tem jeito de modelo. Eu passei por isso várias vezes e ficava deslumbrada. Você tem que entender que muitas modelos sofrem da história do patinho feio, porque quando estamos no colégio somos consideradas horrorosas por sermos altas e magras. De repente tudo muda e nos tornamos desejadas. Eu ficava tão feliz quando pessoas vinham me perguntar na rua se eu era modelo e se eu queria posar para ele e depois tomava bronca na agência. Aliás, os agentes nesse caso são muito importantes porque são eles que verificarão se o convite é válido ou não. Anos depois eu caí na real e vi que muitos caras falavam comigo porque eu andava com o book nas mãos, então era óbvio que eu era uma modelo. ri

Falando em alimentação, você é uma grande adepta da dieta crua e aparentemente Mac está numa dieta crua no livro. O que é exatamente isso?
Eu não quis empurrar a dieta crua para Melody para não forçar demais, por isso que ela vai a uma nutricionista na história. A dieta crua é a ingestão de alimentos não-cozidos. O nosso corpo é ácido. Nós produzimos muito ácido e nada alcalino, portanto você não deveria colocar mais ácido dentro dele ao comer. Quando se cozinha um alimento, você o torna ácido e as enzimas que auxiliam na digestão e absorção da comida pelo organismo são destruídas. Ao ingerir alimentos crus você está balanceando o PH do corpo, completando-o com produtos alcalinos.

Isso inclui carne?
Sim, carne bovina, peixes e queijo não processados. Eu adoro um sashimi, por exemplo. E tomo muito cuidado onde vou comer. Costumo levar meu próprio óleo, azeite e sal para onde vou, porque não sei a procedência do que as pessoas utilizam em restaurantes e hotéis. É um cuidado extra.

As aventuras de Mac Croft no mundo da moda vão continuar?
Sim, já lançamos aqui nos Estados Unidos o segundo livro chamado Model Inc. Tenho que confessar que escrever nunca foi minha maior prioridade, mas às vezes a caneta exige isso quando está na minha mão. Eu estou gostando muito de poder contar minha história de uma maneira diferente e ensinar meninas e suas famílias sobre como esse mundo pode ser muito bom e muito sadio. A indústria de moda ganhou uma fama muito ruim nos últimos tempos e gostaria de poder mudar isso.

Algum plano em termos Melody nas telonas?
Até agora não despertou nenhum interesse de produtoras, quem sabe daqui a alguns anos. Adoraria que, se adaptado para a TV, fosse em um canal familiar. Mesmo porque escrevi os livros para as meninas e para as mães delas.

A Modelo do Ano, de Carol Alt. Galera Record. 304 páginas



Claudio R. S. Pucci

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