Exportações da América Latina vão crescer 10% este ano
Depois de meia década de queda dos preços de sua pauta de exportações e um fraco aumento no volume de exportação este ano, a América Latina irá alcançar um crescimento de 10% no valor das transferências de bens ao exterior, é o que dizem novas estimativas apresentadas esta semana pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em Santiago, no Chile.
De acordo com o relatório anual "Perspectivas sobre o Comércio Internacional na América Latina e no Caribe, 2017" da agência das Nações Unidas, este ano a recuperação das exportações regionais será liderada pelos envios para a China e o resto da Ásia, com aumento de 23% e 17%, respectivamente.
Enquanto isso, os envios para os Estados Unidos e a própria região da América Latina terão um aumento de cerca de 9% e 10%, respectivamente, e as vendas para a União Europeia serão menos dinâmicas, com um crescimento de 6%.
"Embora exista uma grande incerteza nas âmbitos macroeconômico, tecnológico e geopolítico a nível internacional, contribuíram para a recuperação do comércio na América Latina e no Caribe: um maior dinamismo da demanda agregada em alguns dos principais parceiros comerciais, a alta nos preços de vários dos seus produtos básicos de exportação, e o desmantelamento das restrições tarifárias e não tarifárias em alguns dos seus países", assinalou o relatório da CEPAL.
Quanto ao comércio interno da região, a agência também espera uma recuperação em todas as suas sub-regiões, especialmente na América do Sul.
Para o ano como um todo, está previsto um aumento de 10% no valor das exportações intra-regionais. De acordo com a CEPAL, o peso destas nos envios totais da região para o mundo deve chegar a 16,8%, um nível abaixo do máximo de quase 22%, alcançado em 1994.
Por outro lado, o relatório também indica que as importações da América Latina também vão se recuperar, após quatro anos de queda, e devem crescer 7% em 2017.
De acordo com as estimativas da CEPAL, espera-se que a América Latina cresça 1,2% em 2017 e 2,2% em 2018, após dois anos de recessão.
Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.