AFP
3 de nov. de 2016
Estée Lauder anuncia resultados trimestrais mitigados
AFP
3 de nov. de 2016
O grupo americano de cosméticos Estée Lauder anunciou quarta-feira resultados mitigados no primeiro trimestre do seu exercício 2016-17, em razão de uma queda das vendas nos Estados Unidos.
O lucro líquido diminuiu 4,85%, indo aos 294 milhões de dólares (cerca de 952 milhões de reais) entre julho e setembro, primeiro trimestre deste exercício transcorrido, comparado ao mesmo período há um ano. O volume de negócios avançou apenas 1%, indo aos 2,87 bilhões de dólares (9.290 bilhões de reais), bem inferior aos 2.9 bilhões antecipados pelos mercados. Trata-se do crescimento mais fraco em cinco anos.
Este contra desempenho se deve, segundo o grupo, a efeitos de câmbio desfavoráveis e, sobretudo, a uma queda das vendas na no continente americano, que representa 43% das vendas.
As receitas diminuíram 2,76%, para 1.23 bilhão de dólares (3.981 bilhões de reais) no continente Americano, principalmente por causa de uma queda da visitação às suas gondolas situadas nos centros comerciais nos Estados Unidos e ao recuo das compras dos turistas.
O reaquecimento do dólar roeu um pouco as vendas realizadas na região Europa, Oriente Médio e África, cujo volume de negócios avançou, no entanto, 2,65%, ascendendo a 1.04 bilhão de dólares (3.366 bilhões de reais), principalmente graças aos consumidores alemães.
Na região Ásia-Pacífico, as receitas aumentaram 7,3%, indo a 590 milhões de dólares. Elas teriam sido mais importantes se não fosse a desaceleração do turismo oriundo da China continental.
Se o grupo de cosméticos confirmou suas previsões anuais, no entanto, ele advertiu que a prudência dos consumidores, na França e em Hong Kong, e a queda esperada da visitação em suas gondolas nos Estados Unidos iam ter um impacto sobre as vendas nos próximos meses, tendo como fundo a desaceleração do crescimento mundial.
Para o exercício 2017, a Estée Lauder prevê assim ainda um crescimento de suas vendas da ordem de 6% a 7% com moedas constantes.
O grupo, que cortou em maio 1.200 empregos, vai se inscrever encargos de reestruturação ao longo do exercício 2016-17 de 80 a 100 milhões de dólares. O encargo era de 31 milhões de dólares no primeiro trimestre.
Copyright © AFP. Todos os direitos reservados. A Reedição ou a retransmissão dos conteúdos desta página está expressamente proibida sem a aprovação escrita da AFP.